sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O dólar alto e seu bolso

  
29/01/2016

Dora Ramos*
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/m-blogs/opini%C3%A3o-1.268900/o-d%C3%B3lar-alto-e-seu-bolso-1.375686
Todos os dias nos deparamos com as notícias sobre a operação do dólar, com quedas e, ultimamente, altas. Embora pareça assunto de economistas e algo distante do nosso cotidiano, o fato é que as oscilações da moeda afetam e muito a vida do brasileiro comum.
Além de interferir na Bolsa de Valores e nas grandes empresas, a alta do dólar impacta diretamente na inflação e, consequentemente, provoca o aumento no preço dos produtos, sobretudo os importados e os que têm insumos comprados no exterior.
Os exemplos são os mais variados e vão desde os mais óbvios, como viagens internacionais, carros e roupas, até itens como pães e biscoitos, já que grande parte do trigo usado por aqui vem do estrangeiro. Mas como o brasileiro pode se organizar para “sentir menos” o dólar em torno dos R$ 4,00, diante de um cenário em que impostos e outras contas também tendem a subir?
A resposta a essa pergunta pode estar em uma única palavra: planejamento! É fato que os produtos afetados pelo dólar ficam mais caros, mas muitos deles são indispensáveis em nossa vida e não deixarão de estar em nossa casa.
Pessoas com rendas fixas e com certo poder aquisitivo não vão deixar de consumir produtos agrícolas como o tomate, cujos preços tendem a subir por conta da importação de fertilizantes e agrotóxicos, ou carne, que deve ter menos oferta interna devido ao aumento da exportação, também ficando mais cara.
Com a alta do preço de produtos básicos, o ideal é dedicar uma parcela maior do orçamento às compras rotineiras no supermercado, ou então abrir mão de outros itens menos fundamentais.
Independentemente de altas ou baixas nos preços, outra medida imprescindível é a busca pelo mais barato, afinal, todos nós já nos deparamos com a mesma coisa com valores muito diferentes mesmo em locais próximos.
Outra dica útil é comprar no atacado, obviamente quando os produtos puderem ser armazenados por mais tempo.
Faça os cálculos, anote detalhadamente todos os gastos e veja quanto as suas compras ficaram mais caras nos últimos meses ou até semanas. Dessa forma, será possível dimensionar os custos e evitar que os novos gastos atrapalhem o pagamento de contas, a reserva de dinheiro e as atividades de lazer.

*Educadora financeira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial

Nenhum comentário: