quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O que perturba o funcionalismo Mineiro?


Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
Mais do que o atraso de dois dias em um mês (dezembro último) e de cinco em outro (janeiro), além do anúncio que isso repetirá em fevereiro e março, o que mais deve estar incomodando o funcionalismo estadual e às suas diversas lideranças para fazer indicativo de greve ou outro movimento político? Por si só, esses atrasos não justificariam tamanha reação, especialmente se levar em conta que, no ano passado, tiveram conquistas importantes, algumas até históricas, como a do acordo para a implantação do piso salarial nacional do funcionalismo, que irá superar a casa dos R$ 2 mil.
Incerteza pelo que pode vir
A não ser que estejam receando a quebra definitiva de um princípio e a incerteza pelo que pode vir a partir de abril. O pagamento em dia, no quinto dia útil, havia se tornado um direito conquistado. Ninguém quer bagunçar suas contas. Se o governo admite que vai atrasar os salários nos três primeiros meses, a pergunta que fica é como será no quarto e nos outros oito meses de 2016, além do décimo terceiro salário no final deste ano.
O que vem após o quarto mês, a volta da famigerada escala? Parcelamento? Em ambos os casos, o atraso deixaria de ser de alguns dias apenas. Até porque não há sinais positivos no horizonte próximo, muito menos indicadores de Brasília de que a economia irá retomar o rumo do crescimento. Será que somente uma reforma administrativa irá resolver o problema?
A transparência e uma conversa franca entre governo e sindicalistas, prevista para esta sexta, poderão repactuar as relações, evitando mal-entendidos e o jogo duplo do fogo amigo. Afinal, o governo não falaria em atraso se tivesse com o dinheiro no cofre.
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/m-blogs/orion-teixeira-1.88649/campanha-ter%C3%A1-que-ser-feita-antes-da-campanha-eleitoral-1.372593

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