Prejuízo à população
Um policial civil, que também pediu para não ser identificado, confirmou a greve branca
PUBLICADO EM 07/01/16 - 04h00
Se, oficialmente, os policiais militares afirmam
que ainda vão avaliar a apresentação do cronograma de pagamento de
salários, na prática a categoria já iniciou ações de protesto, em uma
espécie de “greve branca”, dificultando propositalmente o atendimento à
população. Segundo militares ouvidos pela reportagem, o movimento
começou nesta quarta. Policiais civis também teriam aderido à
estratégia.
“É uma ação que não visa prejudicar o combate à criminalidade no
Estado, mas que, ao mesmo tempo, mostra que não está tudo bem. O que já
está sendo feito em delegacias e batalhões é demorar mais com a
ocorrência. Fazendo uma espécie de “corpo mole”, gastando nosso tempo e
da pessoa do outro lado, que terá que esperar. Infelizmente, quem acaba
pagando o pato é a população. Mas essa é uma forma de a gente mostrar
que está sendo prejudicado também”, afirmou um militar, sob anonimato.
Um policial civil, que também pediu para não ser identificado,
confirmou a greve branca. “Todo mundo tem seus compromissos, suas contas
para pagar. A situação é muito complicada, pegou todos de surpresa e
não podemos ficar parados. Vamos lutar por nossos direitos. As
ocorrências não vão ficar paradas, mas vão demorar muito mais. Pode
saber disso”, disse.
Oficialmente, as corporações negaram que haja corpo mole dentro da
corporação. A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que não
iria comentar a possibilidade de greve porque não há nenhuma ação
oficialmente anunciada.
Negociação. O
deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), um dos líderes da última
greve da PM, em 1997, afirma que o governo não tem o direito de
apresentar uma proposta fechada.
“Esse papo de que não vai negociar
dura só até o governo enxergar os servidores marchando rumo à Cidade
Administrativa. Nessa hora, o dinheiro aparece”, declarou o parlamentar.
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