Causas
Fortes chuvas e as altas temperaturas foram os culpados
Abstinência.
A acompanhante de idosos, Vanusa Ramos, desistiu de comprar tomate a R$ 9 o quilo
PUBLICADO EM 28/01/16 - 04h00
“Já deixei de comprar tomate por causa do preço alto. No sacolão que eu
compro, o preço do quilo já chegou a R$ 9”. O desabafo é da
acompanhante de idosos Vanusa Ramos da Silva. E ela completa dizendo que
não é somente o tomate que está caro, mas também a batata, o pimentão, o
quiabo e a cebola.
De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 12 meses, em Belo Horizonte,
o tomate ficou 37,99% mais caro e a batata, 35,7%. E a alta de preços
dos produtos hortigranjeiros sentida no final do ano passado pelos
consumidores deve se manter no primeiro trimestre de 2016. As fortes
chuvas e as altas temperaturas registradas nos últimos meses foram
fatores determinantes para a queda da qualidade na oferta de produtos
nas principais centrais de abastecimento (Ceasas) do país, segundo a
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O gerente de modernização do mercado
hortigranjeiro da Conab, Erick de Brito Farias, diz que a alta do dólar
contribuiu para o aumento de preços ao consumidor final. A moeda
norte-americana tem impacto direto, porque aumenta os custos de
produção, os insumo agrícolas e o transporte. O custo da produção é
diretamente ligado ao dólar.
Para a coordenadora institucional do
Movimento das Donas de Casa de MG, Solange Medeiros, a chuva desta vez
não é fator determinante para o aumento de preços. “Hoje o que está
pesando mais é o custo de produção. O produtor está pagando muito mais
por energia e transporte, por exemplo”, aponta. Ela, que faz compras uma
vez por semana desses produtos, sentiu grande impacto no preço do
tomate de dezembro para janeiro. “No início de dezembro eu comprava o
quilo em torno de R$ 3. Voltei das minhas férias, e agora ele está
custando R$ 8”, indigna-se.
No sacolão. Dono de um
sacolão no Mercado Distrital do Cruzeiro, Carlos Magno diz que uma caixa
de 20 kg de tomate hoje na Ceasa, em Contagem, está custando R$ 100. Em
novembro, o produto era comprado por R$ 30 a caixa.
Catatau, como é mais conhecido, aponta que a
média de preço do produto na capital mineira está entre R$ 7,99 a R$
8,99. Ele só consegue vender tomate a R$ 1,99 porque tem plantação de
tomate em Corinto, região Central do Estado e também compra diretamente
de outros produtores.
Preço da cebola teve alta de 15%
Rio de Janeiro. O representante da Conab Erick de Brito explica que a importação de cebola, se comparada a 2014, aumentou cerca de 80%. Com menor oferta nacional, 12 mil toneladas foram importadas, apenas em dezembro de 2015. A cebola nacional, consequentemente, teve seu preço aumentado para competir com o produto estrangeiro.
Segundo Brito, nos mercados atacadistas de todo o país, houve um aumento de 15% no preço do produto. Houve também uma redução significativa na oferta de tomate, cebola e batata por causa das condições climáticas.
Rio de Janeiro. O representante da Conab Erick de Brito explica que a importação de cebola, se comparada a 2014, aumentou cerca de 80%. Com menor oferta nacional, 12 mil toneladas foram importadas, apenas em dezembro de 2015. A cebola nacional, consequentemente, teve seu preço aumentado para competir com o produto estrangeiro.
Segundo Brito, nos mercados atacadistas de todo o país, houve um aumento de 15% no preço do produto. Houve também uma redução significativa na oferta de tomate, cebola e batata por causa das condições climáticas.
Percentuais
QUANTO SUBIU EM BH (NOS ÚLTIMOS 12 MESES)
Tomate: 37,99%
Batata inglesa: 35,7%
Quiabo: 10,71%
Cebola: 67,53%
Cenoura: 14,01%
NO PAÍS
Tomate: 47,45%
Batata inglesa: 34,18
Quiabo: 10,61%
Cebola: 60.61%
Cenoura: 13,51%
FONTE: IBGE
Com agências
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