A insatisfação é tamanha que, segundo fontes do partido, o vice-líder do bloco de apoio ao governo, Cabo Júlio, protocolou sua saída do cargo
PUBLICADO EM 24/02/16 - 03h00
A exemplo do que ocorre na Câmara dos Deputados, alguns deputados do
PMDB na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) já falam em romper
com o governo de Minas. O motivo na lista são vários, segundo eles: o
governador Fernando Pimentel (PT) não convidou a base para discutir os
cortes de R$ 2 bilhões no Estado, anunciados na segunda-feira; não há
nomeação de indicados dos deputados no governo nem, muito menos,
conversas sobre a reforma administrativa.
A insatisfação é tamanha que, segundo fontes do partido, o vice-líder
do bloco de apoio ao governo, Cabo Júlio, protocolou sua saída do cargo.
Até mesmo a oposição na ALMG está “aproveitando” da situação para dizer
que há lugar no bloco. “O Cabo Júlio disse que (os deputados) estão
abrindo os olhos e percebendo que estão embarcando numa canoa furada. Só
meia dúzia (de deputados) conduz o ‘desgoverno’. Por isso, a oposição
tem espaço para agregar o PMDB”, disse o deputado Dilzon Melo (PTB),
enquanto discursava no plenário.
Hoje, na Assembleia, o PMDB conta com dez deputados: Cabo Júlio, Celise
Laviola, Iran Barbosa, Ivair Nogueira, João Alberto, João Magalhães,
Leonídio Bouças, Tony Carlos, Vanderlei Miranda e o presidente da Casa,
Adalclever Lopes. Com isso, o bloco de apoio ao governo de Minas conta
com 31 parlamentares. Porém, se a bancada do PMDB decidir ir
inteiramente para a oposição, o bloco de apoio ao Estado irá se igualar
ao número atual de deputados que compõem o bloco contrário ao governo.
Nesta terça, a reportagem tentou, por diversas vezes, falar com o deputado Cabo Júlio, mas não conseguiu.
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