quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Militares mineiros promovem mobilização na capital para exigir pagamento em dia

Em tarde recorde de calor em Belo Horizonte, militares dos quatro cantos de Minas participam de Ato Público contra o atraso e parcelamento de salários, anunciado pelo Governo, no início deste ano.
O encontro aconteceu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira 02/02, e contou com o apoio de servidores públicos de segmentos variados – educação, segurança pública e saúde - .
A União dos Militares de Minas Gerais (UMMG), demais associações da Classe - COPM, ASPRA, CSCS, AOPMBM, ASCOBOM e CUME – e os deputados Subtenente Gonzaga e Sargento Rodrigues, são os principais responsáveis por reunir mais de dez mil policiais e bombeiros militares da ativa, da reserva, reformados e pensionistas nas ruas da capital para dizer em alto e bom som que, a família militar de Minas, não abre mão do pagamento integral no quinto dia útil.
De acordo com presidente da UMMG, Coronel César Braz Ladeira, a insatisfação é geral e, pelo curto prazo que os dirigentes tiveram para reunir o pessoal, o número de pessoas foi superior ao esperado.
“Ao governo, mostramos nossa capacidade de união e demos o nosso primeiro recado, receber no quinto dia útil é direito. Não vamos abrir mão das nossas conquistas, pois foram alcançadas com muita luta e persistência.”
Para formalizar o pleito, foi entregue Ofício ao presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, com as principais exigências da categoria: “Não ao parcelamento e atrasos dos salários. Garantias dos direitos conquistados, preservação da aposentadoria aos 30 anos de serviço, garantia dos direitos previdenciários e da política remuneratória, além da recomposição das perdas salariais.”
“Seguiremos lutando por nossos direitos mesmo sabendo das mazelas governamentais e das divergências da administração pública. Sabemos que a história se repete com muita consistência durante as mudanças de governo, mas nós não vamos pagar essa conta.”
O Ato Público iniciou as 13 horas na Praça da ALMG, mas os trabalhos foram finalizados por volta das 16 horas em uma das áreas mais importantes da capital, no encontro de quatro grandes avenidas: Cristóvão Colombo, João Pinheiro, Brasil e Bias Fortes. Sim, o grupo seguiu a pé até a Praça da Liberdade.
Ao chegar em frente a sede do Palácio do Governo, deixaram a máxima do dia: “Se o Governo não pagar, a segurança vai parar.”
O abraço simbólico no prédio do Comando da Polícia Militar (Copom) finalizou os trabalhos e demonstrou capacidade de força e união da categoria.
Durante o trajeto, a população manifestou apoio e simpatia ao movimento. Para o Coronel César, a importância está na razão direta do respeito praticado durante o ato de protesto.
“Na medida em que nós exercemos o direito constitucional de reunião pública, nós respeitamos os direitos dos cidadãos que usam as vias públicas. Procuramos causar o mínimo dano possível àqueles que produzem e que pagam impostos. Por isso a interação é total."
Sobre a participação expressiva do pessoal da reserva e dos reformados, o Coronel julga necessária.
“São fundamentais pela disponibilidade e pelo volume que dão ao movimento. Sofrem tanto quanto o pessoal da ativa, muitos estão representando seus filhos,  seus genros ou irmãos que também estão na ativa trabalhando e passando pelo mesmo problema.”
Nova mobilização já está agendada para o próximo dia 02 de março, “a expectativa é grande”, destacou o Coronel César.
“Esperamos que antes haja uma negociação com o governo. Mas se não houver, certamente nós vamos dobrar as presenças nas ruas.”
 

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