Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
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Houve críticas contundentes, que nem mesmo a oposição ousou fazer, tachando os petistas de “ladrões” e o governo de “podre”. Os ataques partiram do ex-governador Newton Cardoso e do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM) e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (PMDB), duas lideranças de fora das bancadas parlamentares estadual e federal.
Tão grave quanto isso foi a omissão do vice-presidente e de três ex-ministros do governo Dilma – Antônio Andrade, atual vice-governador de Minas e ex-ministro da Agricultura; Elizeu Padilha e Wellington Moreira Franco, ambos foram ministros da Avião Civil. Nenhum deles fez a defesa da presidente Dilma no momento em que o governo busca abrir o ano com apoio político para enterrar a ameaça de impeachment e debelar a crise econômica.
Amanhã, acontece em Brasília a eleição do líder do PMDB na Câmara. O candidato governista, Leonardo Picciani (RJ), vai disputar com Hugo Motta (PB), que é apoiado por Eduardo Cunha. A vitória de Picciani representaria derrota de Cunha e do pedido de impeachment da presidente.
Ainda no encontro, Temer e aliados criticaram o desprezo com que o PMDB e suas teses são tratados pelo governo petista na economia e até mesmo em campanhas contra a ameaça do zika vírus. Sem assumir a defesa do governo, eles ignoraram a instabilidade política atual e vincularam a possível chegada do partido ao poder às eleições de 2018.
O que ficou claro nessa reunião é que o PMDB mineiro, por omissão ou crítica, apoia incondicionalmente a reeleição de Temer e que está insatisfeito com Dilma. Já com relação ao governador Fernando Pimentel (PT), não manifestaram reclamações, embora tenha sido marcado para esta terça (16) reunião entre o vice-governador e a bancada estadual do partido.
Pacto de sangue
“Onde corre o sangue de Temer, o PMDB de Minas empoça”. A estranha frase foi dita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes, uma das principais lideranças do PMDB mineiro e filho do deputado federal Mauro Lopes, que, pela harmonia do encontro, deverá ser reeleito secretário-geral do partido na chapa de Temer.
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