quinta-feira, 10 de março de 2016

13 de março: contra conflitos, 'bolsões' da PM vão cercar a Paulista

Manifestantes a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff vão se manifestar neste domingo, na cidade de São Paulo

Por: João Pedroso de Campos - Atualizado em
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, durante entrevista coletiva, nesta segunda-feira (21)
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes(Taba Benedicto/Folhapress)
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) divulgou nesta quarta-feira sua estratégia para evitar conflitos entre manifestantes pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo, dia 13. Em coletiva na sede da SSP, o secretário Alexandre de Moraes informou que durante os protestos a Polícia Militar vai posicionar grupos de policiais, "bolsões de segurança tática", segundo Moraes, nas ruas paralelas e no perímetro do entorno da Avenida Paulista, onde acontecerá o ato anti-Dilma. "Não haverá comunicabilidade entre os dois grupos, isso será garantido pela PM", afirmou Moraes.
De acordo com o secretário, que falou em entrevista coletiva ao lado dos comandantes da PM, os movimentos sociais e militantes do PT que se manifestarão em defesa do mandato da presidente e em desagravo ao ex-presidente Lula ainda não entraram em contato com a Secretaria para informar sobre o ato. O secretário afirmou que, pela movimentação nas redes sociais, a manifestação deve se concentrar na Praça Roosevelt, a cerca de 2 quilômetros da Avenida Paulista. Caso não haja contato nas próximas horas, a SSP vai buscar os movimentos para colher as informações de quantas pessoas são esperadas e se o grupo pretende se deslocar da praça.
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Conforme disse nesta terça-feira o governador Geraldo Alckmin, o secretário reafirmou hoje que "não vamos autorizar que dois grupos antagônicos se manifestem no mesmo local e no mesmo horário. Na paulista somente se manifestarão os grupos que pediram há mais de dois meses". Segundo Moraes, os grupos que se manifestarão na Paulista não pretendem se deslocar de lá.
Além dos "bolsões" no entorno da manifestação pelo impeachment de Dilma, a SSP informou que haverá 12 bases móveis da PM na Avenida Paulista e policiais militares e civis em todas as estações de metrô. Alexandre de Moraes não divulgou o efetivo de policiais que farão a segurança dos atos, mas disse que a SSP trabalha com a possibilidade de haver um milhão de pessoas no ato pró impeachment, entre 14 e 16 horas, e cerca de 5.000 pessoas na manifestação na Praça Roosevelt.
Nove grupos favoráveis à saída de Dilma Rousseff da Presidência vão se reunir hoje às 14h30 no Centro de Operações Policiais Militares (Copom) com o comando da PM para definir onde serão posicionados seus carros de som. Um deles deve ficar em frente à sede da Fiesp, onde já se costuma instalar um palco aos domingos. Na reunião também estarão presentes representantes da SPTrans, da CET, do Metrô e do serviço de limpeza pública da prefeitura de São Paulo.
Sobre incidentes envolvendo manifestantes com roupas de cores diferentes nas últimas manifestações na Avenida Paulista, o secretário de Segurança Pública os classificou como "questão bom senso" dos manifestantes e comparou a situação a brigas de torcidas de futebol. "Você não vai com uma camisa do Palmeiras na torcida do Corinthians, e não vai com a camisa do Corinthians na torcida do Palmeiras" disse Alexandre de Moraes.
Segundo a SSP, o secretário estará no gabinete de crise instalado para monitorar as manifestações do próximo domingo.

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