Em Brasília
- Pedro Ladeira/Folhapress
No PSD, que está a frente do Ministério das Cidades com Gilberto Kassab, já é grande a pressão de deputados pelo desembarque. Na quarta, o líder do partido na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), subiu o tom contra o governo e avaliou como "gravíssima" a conversa telefônica entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, para oposição, demonstra que Dilma nomeou Lula para a Casa Civil para que ele passasse a ter foro privilegiado.
No PTB, apesar da bancada na Câmara afirmar que já adota uma postura "independente" na Casa, deputados discutirão durante reunião nesta quinta-feira se farão algum anúncio oficial de rompimento com o governo Dilma, como fez o PRB. O partido está a frente do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, com Armando Monteiro, mas, segundo parlamentares da sigla, o rompimento oficial pode não significar a saída de Monteiro, pois ele é considerado cota pessoal de Dilma.
Hostilizados
Na quarta-feira, por sugestão do presidente do PRB, Marcos Pereira, a bancada do partido da Câmara aprovou por unanimidade o desembarque do governo. Segundo o dirigente, os 21 deputados da legenda e o senador Marcelo Crivella (RJ) adotarão postura de "independência" no Congresso. "Decidimos sair por conta da crise política mesmo e da falta de condições de sustentar defesa do governo diante das bases. Nossos parlamentares não aguentavam mais ser hostilizados por apoiar esse governo", justificou Pereira.A pouco menos de cinco meses da Olimpíada e Paraolimpíada do Rio de Janeiro, George Hilton promete entregar o Ministério dos Esportes nos próximos dias. De acordo com o presidente do PRB, Hilton já está redigindo sua carta de demissão e deverá entregá-la ao Palácio do Planalto, para combinar como será a transição. "Ele [Hilton] não estava em Brasília ontem, mas deve chegar hoje para tratar disso", comentou o dirigente partidário.
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