04/03/2016 07:08 - Atualizado em 04/03/2016 07:08
Reportagem exclusiva da revista “IstoÉ”, divulgada nessa quinta-feira
(3), trouxe trechos de uma possível delação premiada do senador Delcídio
do Amaral (PT-MS) para a força-tarefa da operação “Lava Jato”.
Resultado? Pânico no Planalto por envolver a presidente Dilma Rousseff
(PT) no Petrolão.
Assessores de Dilma informaram que ela estava “anestesiada” durante reuniões de emergência com auxiliares e ministros para discutir o impacto da notícia. No fim da tarde, Delcídio divulgou nota em que não confirma o teor da reportagem, mas também não nega. Disse não reconhecer os documentos divulgados.
Delcídio foi líder do governo e tinha bom trânsito no Planalto, cujo temor é de que a possível delação dê fôlego ao processo de impeachment que a presidente enfrenta na Câmara. A pressão política aumenta com piora do cenário econômico: a queda recorde do PIB, o Produto Interno Bruto.
Delação
O senador citou, conforme a revista, o suposto envolvimento de Dilma e do ex-presidente Lula com o escândalo do pagamento de propina com recursos da Petrobras e a tentativa deles de atrapalhar as investigações. Um dos alvos da “Lava Jato”, Delcídio foi preso em novembro passado acusado de obstruir a investigação. Ganhou liberdade no mês passado após acordo de delação premiada.
As denúncias publicadas pela “IstoÉ” fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nesta fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em futuros depoimentos. A suposta delação de Delcídio, ou suposto teor do que foi dito em depoimento, ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda conforme a revista, Delcídio acusou Dilma de atuar três vezes na tentativa de interferir nos rumos da investigação. Uma das investidas da presidente envolveria a nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde ele teria votado a favor da liberação de executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Interferência
Ainda segundo a publicação, Dilma e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo pediram ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, interferência nos rumos da operação.
Outra investida do Planalto era indicar para uma das vagas no STJ o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Nelson Schaefer. Em contrapartida, o ministro convocado, Newton Trisotto, votaria pela libertação dos acusados Marcelo Odebrecht e Otavio Azevedo, da Andrade. Trisotto se negou a assumir tal responsabilidade.
Delcídio também responsabilizou Dilma pela negociação da refinaria de Pasadena, no Texas. Afirmou ainda que a presidente foi decisiva na manutenção de Nestor Cerveró na estatal petrolífera.
De acordo com a publicação, foi Lula quem mandou oferecer dinheiro a Cerveró em troca do silêncio dele sobre a participação do pecuarista José Carlos Bumlai na compra de sondas superfaturadas pela Petrobras. Lula estaria ainda à frente de tratativas com o operador do mensalão Marcos Valério. {TEXT}
Segundo a revista, Lula teria pago R$ 220 milhões ao operador do mensalão, Marcos Valério, para que ele não contasse o que sabia do esquema de mesada a parlamentares. O valor não teria sido quitado integralmente.
Assessores de Dilma informaram que ela estava “anestesiada” durante reuniões de emergência com auxiliares e ministros para discutir o impacto da notícia. No fim da tarde, Delcídio divulgou nota em que não confirma o teor da reportagem, mas também não nega. Disse não reconhecer os documentos divulgados.
Delcídio foi líder do governo e tinha bom trânsito no Planalto, cujo temor é de que a possível delação dê fôlego ao processo de impeachment que a presidente enfrenta na Câmara. A pressão política aumenta com piora do cenário econômico: a queda recorde do PIB, o Produto Interno Bruto.
Delação
O senador citou, conforme a revista, o suposto envolvimento de Dilma e do ex-presidente Lula com o escândalo do pagamento de propina com recursos da Petrobras e a tentativa deles de atrapalhar as investigações. Um dos alvos da “Lava Jato”, Delcídio foi preso em novembro passado acusado de obstruir a investigação. Ganhou liberdade no mês passado após acordo de delação premiada.
As denúncias publicadas pela “IstoÉ” fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nesta fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em futuros depoimentos. A suposta delação de Delcídio, ou suposto teor do que foi dito em depoimento, ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda conforme a revista, Delcídio acusou Dilma de atuar três vezes na tentativa de interferir nos rumos da investigação. Uma das investidas da presidente envolveria a nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde ele teria votado a favor da liberação de executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Interferência
Ainda segundo a publicação, Dilma e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo pediram ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, interferência nos rumos da operação.
Outra investida do Planalto era indicar para uma das vagas no STJ o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Nelson Schaefer. Em contrapartida, o ministro convocado, Newton Trisotto, votaria pela libertação dos acusados Marcelo Odebrecht e Otavio Azevedo, da Andrade. Trisotto se negou a assumir tal responsabilidade.
Delcídio também responsabilizou Dilma pela negociação da refinaria de Pasadena, no Texas. Afirmou ainda que a presidente foi decisiva na manutenção de Nestor Cerveró na estatal petrolífera.
De acordo com a publicação, foi Lula quem mandou oferecer dinheiro a Cerveró em troca do silêncio dele sobre a participação do pecuarista José Carlos Bumlai na compra de sondas superfaturadas pela Petrobras. Lula estaria ainda à frente de tratativas com o operador do mensalão Marcos Valério. {TEXT}
Segundo a revista, Lula teria pago R$ 220 milhões ao operador do mensalão, Marcos Valério, para que ele não contasse o que sabia do esquema de mesada a parlamentares. O valor não teria sido quitado integralmente.
Editoria de Arte/Hoje em Dia
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