sexta-feira, 4 de março de 2016

Dilma convoca ministros ao Planalto após ação da PF na casa de Lula

04/03/2016 10h11 - Atualizado em 04/03/2016 10h23

Ex-presidente foi levado a prestar depoimento coercitivamente em SP.
Planalto não se pronunciou oficialmente sobre nova fase da Lava Jato.

Filipe Matoso e Roniara CastilhosDo G1 e da TV Globo, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff chamou nesta sexta-feira (4) ao menos cinco ministros do governo para avaliar a ação da Polícia Federal de cumprir mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e levá-lo para prestar depoimento em São Paulo.
Em um primeiro momento, Dilma se reuniu com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social). Depois, a presidente permaneceu reunida com Cardozo e o novo ministro da Justiça, Wellington Lima e Silva.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso e informou que a agenda de Dilma prevista para esta sexta está mantida. Pela manhã, ela se reunirá com prefeitos e, à tarde, governadores.
Alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, Lula foi levado pela PF para prestar esclarecimentos sobre um sítio em Atibaia (SP) e um triplex em Guarujá (SP). O Ministério Público de São Paulo apura se o ex-presidente omitiu ser o dono desses imóveis, o que a defesa dele tem negado.
Segundo o Ministério Público Federal, em comunicado divulgado à imprensa nesta, Lula era um dos "principais beneficiários" do esquema de corrupção que atuava na Petrobras e que surgiram evidências de que os crimes cometidos na estatal o "enriqueceram" e financiaram campanhas eleitorais e o caixa do PT.
Além das reuniões de Dilma no Planalto, o presidente do PT, Rui Falcão, convocou a Comissão Executiva Nacional do partido para uma reunião na sede do partido, em São Paulo. Segundo a assessoria da legenda, o PT avalia divulgar uma nota ainda nesta sexta com um posicionamento sobre a ação da Polícia Federal.

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