Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil
Em
reunião com reitores de Universidades Federais na manhã desta
sexta-feira a presidente da República, Dilma Rousseff, falou em futuro,
reconheceu que o momento é delicado, mas que não pensa em renunciar ao
cargo. "Ela disse que o governo vai continuar trabalhando, na batalha e
que não existe possibilidade de renúncia", afirmou o reitor da
Universidade de Brasília (UNB) Ivan Camargo, ponderando que a fala foi
dentro de um contexto em que ela falava de projetos de futuro. "Ela
estava tranquila, dizendo que vai continuar firme e que o futuro do país
passa pela educação e democracia."Segundo reitores presentes no encontro, Dilma fez "um longo desabafo" sobre a situação do seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva e disse que há preocupação com o processo de Lula. A presidente reforçou que "não há base legal" para o pedido de prisão preventiva do ex-presidente. "Ela falou que o momento é delicado, disse que o ex-presidente Lula está sendo vítima de um processo em que não há base legal. E ela acha que não se sustenta esse processo", afirmou o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Jefferson Fernandes.
Camargo afirmou que Dilma se mostrou "tranquila, apesar de preocupada" com a situação de Lula. "Ela estava tranquila, mas mostrou preocupação com a situação de Lula e disse que é preciso ter respeito aos devidos processos legais."
Presente na reunião, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também fez uma defesa do ex-presidente Lula, segundo relatos. O ministro fez coro a "injustiça" que está sendo feita e afirmou que está havendo um "desrespeito" à figura do ex-presidente.
A presidente teria dito ainda que a crise econômica está dando sinais de arrefecimento, mas reconheceu que o aspecto político tem interferido na retomada do crescimento. Segundo o reitor da UFRR, Dilma garantiu que não haverá mais cortes de verbas na área da educação. "Ela disse que o que tinha que cortar já foi cortado e que política agora será de desacelerar a expansão (das universidades), mas manter as conquistas", afirmou.
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