Ministro do STF, que suspendeu a posse de Lula na chefia da Casa Civil do governo Dilma, entende que o iminente desembarque da legenda da base governista tornará o Brasil "difícil de gerenciar"
Há duas semanas, Mendes concedeu liminar em ação impetrada pelos partidos PPS e PSDB para impedir a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, e também devolveu a apreciação do seu caso à alçada do juiz federal Sergio Moro, titular da Operação Lava Jato. "Defiro a medida liminar, para suspender a eficácia da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, determinando a manutenção da competência da Justiça em primeira instância nos procedimentos criminais e cíveis", escreveu o ministro no despacho.
Na semana passada, atendendo a um recurso da Advocacia-Geral da União, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, tirou das mãos de Moro as investigações sobre o ex-presidente. A decisão sobre a posse de Lula ainda deve ser avaliada pelo pleno da Corte.
Mendes participa de uma conferência em Lisboa, que começou nesta terça-feira. Cerca de 50 pessoas, em sua maioria brasileiros, protestaram do lado de fora do evento contra as medidas em andamento para provocar o impeachment de Dilma, em meio a um grande escândalo que envolve o Partido dos Trabalhadores (PT), a sigla da presidente.
(Com Estadão Conteúdo)
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