Embora
Lula faça questão de separar a dimensão política das possíveis
consequências jurídicas de assumir um ministério, advogados próximos ao
ex-presidente especulam sobre o impacto em relação às investigações das
quais Lula é alvo
11/03/2016 - 10h31 - Atualizada às 10h43 - POR ESTADÃO CONTEÚDO
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Até o fim da tarde desta quinta-feira (10), dirigentes petistas e líderes sindicais pressionavam Lula a tomar uma decisão, de preferência até hoje. O pedido de prisão preventiva feito pela Promotoria paulista, no entanto, pode atrasar a definição. Conforme auxiliares, o petista não deve se decidir antes da manifestação da Justiça sobre o pedido do Ministério Público Estadual.
Embora Lula faça questão de separar a dimensão política das possíveis consequências jurídicas de assumir um ministério, advogados próximos ao ex-presidente especulam sobre o impacto em relação às investigações das quais Lula é alvo. Existem pelo menos duas vertentes. A primeira considera que, ao aceitar uma pasta, Lula teria obteria foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal e, assim, estaria fora do alcance da Lava Jato e do Ministério Público Estadual. O segundo grupo argumenta que, ao entrar na equipe de Dilma, Lula daria o pretexto para a Lava Jato decretar sua prisão por obstrução à Justiça.
'Reflexão'
"Ele não disse nem sim, nem não. Essa decisão cabe exclusivamente a ele", afirmou Falcão. O presidente do PT relatou como Lula recebeu a notícia do pedido de prisão. "Lula falou: Não quero pensar nisso agora. Vou refletir sobre essa decisão difícil que tenho que tomar."
Cobrança
À noite, Dilma se reuniu com os ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) e com o assessor especial Giles Azevedo, no Palácio da Alvorada. Na avaliação do governo, o Ministério Público de São Paulo, ao pedir a prisão de Lula, jogou combustível na crise, incitando os militantes do PT a ocuparem as ruas em defesa do petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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