Imagem: Reprodução / Redes Sociais |
Uma
das figuras chave dessa apuração é Cleber Batista Pereira e sua empresa
Cleber Batista Pereira Informática. Na manhã do dia 4 de março, quando
foi deflagrada a Operação Alteheia - 24ª fase da Lava Jato, tendo Lula
como alvo -, os procuradores da força-tarefa encontraram na sala de
Paulo Cangussu André, funcionário do instituto alguns documentos.
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"Na
sala desse empregado, foram encontrados diversos documentos, dentre os
quais: a) contratos de prestação de serviços firmado pela LILS Palestras
com grandes empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato; b)
contratos de câmbio; c) passaportes diplomáticos do ex-presidente Lula,
já vencidos; e d) uma serie de boletos NFs (notas fiscais) pagas pelo
Instituto", escreveram os procuradores Roberson Henrique Pozzobon e
Athayde Ribeiro Costa.
Eles
cumpriam mandado de busca e apreensão na Rua Gonçalo Pedrosa, 139,
prédio no qual trabalham alguns empregados do Instituto Lula, dentre
eles Paulo André Cangussu. Os alvos da busca eram documentos, registros,
arquivos de computador, dados que pudessem fornecer elementos para a
investigação.
"Chamou
atenção, nessa última categoria, NFs recentemente emitidas (fevereiro e
março de 2016) por Cleber Batista Pereira Informática ME em face do
Instituto Lula em virtude da prestação de serviços de gerenciamento de
contas de e-mail, serviços de backup dos servidores em nuvem e
administração de servidores WEB", relatam os dois procurados ao juiz
federal Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato. No
documento, eles pediram a busca e apreensão na empresa de informática.
Para
os procuradores, "o fato de que esses serviços tenham sido contratados
nesse ano, período no qual investigações sobre o ex-presidente e o
Instituto Lula vieram a público" chamou a atenção. "O acesso aos bancos
de dados mantidos pela referida empresa em favor do Instituto Lula é
fundamental para o aprofundamento das investigações."
Senha
O
Ministério Público Federal destacou, no documento enviado a Moro, no
dia da Operação Aletheia, que Cleber Batista Pereira compareceu no
Instituto Lula no momento e "reconheceu prestar serviços de manutenção
de rede e servidores de dados, inclusive e-mails e arquivos".
"Questionado
nessa oportunidade acerca da senha para acessar os servidores do
Instituto Lula, Cleber Batista Pereira disse a possuir, mas recusou-se a
fornecê-la a autoridade policial e aos peritos policiais federais sem
que tivesse a autorização do Instituto."
Por
isso, o MPF pediu e teve decretado pelo juiz Sérgio Moro busca e
apreensão no endereço da empresa Cleber Batista Pereira Informática ME,
no Jardim São Sebastião, em São Paulo e foi determinado a Pereira "sob
pena da pratica dos crime de embaraço a investigação de organização
criminosa" que ele fornecesse às autoridade "todos os dados, inclusive
senhas, necessários ao acesso integral dos dados/arquivos eletrônicos
mantidos pelo Instituto Lula em seus prédios ou servidores remotos, aí
incluídos arquivos em nuvem".
"Cleber
Batista Pereira, que se deixe claro, não é investigado, mas sua empresa
pode dispor dos dados cuja busca e apreensão já foi determinada",
escreveu Moro, ao determinar as buscas. "Determino ainda a Cleber
Batista Pereira que preste o auxílio necessário para que as buscas e
extrações eletrônicas em sua empresa e no Instituto Lula sejam cumprida,
inclusive se necessário fornecendo senha e acesso aos bancos de dados
pertinentes. Não pode recusar-se a colaborar pois como disse não é
investigado."
Fonte: http://www.politicanarede.com/2016/03/lava-jato-encontra-esconderijo-dos.html
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