sábado, 12 de março de 2016

Manifestações: Preocupada com confrontos, Dilma discute apelar a diálogo

Com receio da possibilidade de confrontos violentos entre favoráveis e contrários ao impeachment nos protestos, a presidente discute fazer um pronunciamento à imprensa neste sábado (12) para pedir compreensão aos manifestantes


Dilma fala sobre manifestações
Dilma fala sobre manifestações
PUBLICADO EM 12/03/16 - 15h52
BRASÍLIA, DF - Com receio da possibilidade de confrontos violentos entre favoráveis e contrários ao impeachment nos protestos, a presidente Dilma Rousseff discute fazer um pronunciamento à imprensa neste sábado (12) para pedir diálogo e compreensão aos manifestantes.
A decisão, que ainda não foi tomada, tem como objetivo tentar arrefecer os ânimos de petistas e sindicalistas que pretendem fazer protestos simultâneos aos de grupos contrários ao governo federal neste domingo (13). A petista teme que o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Ministério Público, na quinta-feira (10) acirre o clima de radicalização política e divisão do país.
O Palácio do Planalto tem a expectativa de que os protestos mobilizarão público semelhante ao de agosto do ano passado, que reuniu cerca de 135 mil pessoas na Avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Foi o segundo maior protesto pelo impeachment na capital paulista.
Desde o início da semana, o núcleo político do governo federal vem monitorando movimentos sociais e pedindo para que desistam de fazer manifestações neste domingo (13).
Na quarta-feira (9), a maior parte dos grupos contrários ao impeachment havia desistido, mas o pedido de prisão preventiva estimulou a maior parte deles a voltar às ruas em defesa do ex-presidente petista.
A avaliação é que a radicalização do debate político pode ser positiva para o PT, mas é negativa para o Palácio do Planalto e pode alimentar ainda mais o discurso dos partidos de oposição de que o governo federal aposta na divisão do país.
Se isto acontecer, avaliam assessores presidenciais, a oposição pode ganhar munição para tentar aprovar o pedido de abertura de um processo de impeachment.
Na palavras de um assessor presidencial, "tudo o que o governo não precisa agora é dar mais um motivo para inflamar os movimentos contrários" ao governo federal.
A presidente avalia que a governabilidade também pode ser afetada, prejudicando a votação de propostas do ajuste fiscal no Congresso Nacional.

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