sexta-feira, 4 de março de 2016

Polícia Militar não vai punir fechamento de vias

RODOVIA FECHADA POR 33 MINUTOS

Segundo o capitão Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da corporação, grupo liberou a pista assim que foi solicitado


João Godinho / O TEMPO
Após 40 minutos de manifestação, militares liberam MG-010
PUBLICADO EM 03/03/16 - 15h36
A Polícia Militar não irá punir nenhum policial que tenha participado – como manifestante – do protesto realizado por servidores da segurança pública pelas ruas da capital, anteontem. A decisão foi anunciada em comunicado ontem, mesmo dia em que a corporação publicou um vídeo em sua página no Facebook para justificar o fato de não ter atuado rapidamente para liberar a MG–010. A gravação foi divulgada após publicação de reportagens em variados veículos sobre a postura diferenciada da PM durante o protesto de seus colegas.
Vias como a avenida Antônio Carlos e a rodovia MG–010 foram fechadas durante a passagem do protesto, que começou às 15h. Quando os militares chegaram à Cidade Administrativa, a pista ficou bloqueada e os manifestantes, parados, por mais 33 minutos. No vídeo, o tenente-coronel destacou que a corporação não aceita críticas do que chamou de jornalistas e veículos de imprensa tendenciosos.
A postura da PM durante a manifestação de quarta-feira divergiu do que costuma acontecer em protestos na cidade, incluindo na MG–010, em frente à Cidade Administrativa, quando os militares não permitem interrupções no trânsito que ultrapassem alguns poucos minutos.
Em 24 de julho de 2014, por exemplo, protesto com cerca de 350 moradores de ocupações urbanas fechou a via e foi dispersado pelos militares, inclusive com o uso da cavalaria. O prazo de interdição foi de cerca de uma hora. Uma pessoa foi detida na ocasião e houve relatos de participantes feridos.
Como O TEMPO mostrou ontem, diversos motoristas perderam compromissos e voos que sairiam do Aeroporto de Confins em função do fechamento e dos engarrafamentos provocados pelo protesto. Um dos condutores alegou ter sido ameaçado pelos manifestantes ao pedir para passar pelo bloqueio. O grupo protestava contra o escalonamento dos salários dos servidores, que afetou a maioria dos trabalhadores do setor de segurança pública.
Apesar dos inúmeros transtornos, o tenente-coronel Gilmar afirmou que não foi preciso interferir porque não houve depredação do patrimônio público.
Mais cedo, o capitão Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da PM, defendeu que todas as categorias têm o direito de se manifestar. No entanto, devem preservar os direitos dos outros cidadãos.

 
PMMG rebate críticas da atuação em manifestação.
Publicado por Polícia Militar em Quinta, 3 de março de 2016

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