quarta-feira, 9 de março de 2016

Presidente da AMM propõe pagar manifestantes: ‘Já fiz’

Para ele, quem está na frente desses protestos e enfrenta a polícia durante os atos contra o aumento das passagens são pessoas pagas

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Presidente da AMM, Antônio Júlio reclama da falta de apoio federal
PUBLICADO EM 10/02/16 - 04h00
O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antônio Júlio (PMDB), prefeito de Pará de Minas, propôs que os protestos feitos pelos gestores municipais para reivindicar ações e verbas do governo federal usem manifestantes pagos. “Já usei gente paga para fazer manifestação, todo mundo faz”, afirmou.
O peemedebista alegou que existem agências especializadas em fornecer manifestantes de acordo com a necessidade dos contratantes. “Se precisar de criança, eles arrumam, se precisar de velho ou de pobre, tem também”, disse.
Na visão de Antônio Júlio, os protestos que dão resultado são os que causam confusão. “Manifestação pacífica não dá ibope”, cravou. Como exemplo da efetividade dos protestos com confrontos, o presidente de AMM citou as atuações do movimento Passe Livre em São Paulo.
Para ele, quem está na frente desses protestos e enfrenta a polícia durante os atos contra o aumento das passagens são pessoas pagas. Ao completar sua argumentação, ele afirmou que o sangue dos manifestantes agredidos é falso, fruto do uso de “produtos químicos”.
Para exemplificar a importância de protestos mais radicalizados, Antônio Júlio relatou que, em determinada ocasião, fechou a BR–262, em uma sexta-feira de véspera de Carnaval, para reivindicar melhorias na estrada. O efeito teria sido rápido: 90 dias depois o governo já havia iniciado as obras de recuperação.
Posteriomente Antônio Júlio relatou que, para esse protesto, contou com manifestantes pagos. “Quem estava lá mesmo era só eu e mais uns quatro”, gabou-se.
O peemedebista também contou que, no ano passado, estava organizando com vários prefeitos, uma paralisação conjunta de estradas, reivindicando mais verbas para os municípios. Segundo ele, a mobilização estava agendada para o período mais crítico da tensão entre o PMDB e o PT devido ao impeachment e que, por isso, foi dissuadido a não levar o plano adiante.

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