Educação
Debate.
Categoria discute aumento com governo desde o início do ano
PUBLICADO EM 15/03/16 - 03h00
Os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais começarão
nesta terça uma paralisação de três dias, que poderá se transformar em
uma greve por tempo indeterminado. O protesto, que faz parte da
mobilização nacional da categoria, terá uma assembleia para discutir o
descumprimento do acordo pelo governo de Minas. Eles reclamam que o
governador Fernando Pimentel (PT) ainda não repassou o aumento de 11,36%
aplicado ao piso nacional dos professores, determinado pelo Ministério
da Educação (MEC).
A paralisação ocorre em um momento em que Estado e professores retomam
as negociações, após a base do governo de Pimentel na Assembleia
Legislativa de Minas Gerais (ALMG)retirar da pauta o projeto de lei que
não contemplava o que foi reivindicado pela categoria.
O reajuste do MEC foi anunciado pelo governo federal em janeiro deste
ano. Pelo acordo firmado em maio de 2015, entre o governador e o
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
(Sind-UTE), assim que o ministério anunciasse o reajuste anual, ele
seria automaticamente repassado para a categoria.
Porém, o pagamento não foi feito na folha de fevereiro. Em negociação
com os professores, o governo se comprometeu a enviar o projeto de lei
para a ALMG, para fazer o pagamento do reajuste retroativo a janeiro.
Porém, a proposta previa o pagamento somente a partir de março, e em
forma de abono. Diante desses termos, os professores discordaram do
governo e ameaçaram greve. Com a insatisfação da categoria, a proposta
foi retirada para novas negociações.
“A retirada da proposta da pauta foi um avanço, mas a categoria precisa
de um posicionamento do governo para poder decidir, em assembleia,
quais serão os rumos do movimento”, afirmou a presidente do Sin-UTE,
Beatriz Cerqueira.
Prazo
Aviso. Se decidirem pela greve na
assembleia desta quarta, os professores só poderão iniciar o movimento
após a paralisação de três dias, já que um comunicado deve ser dado em
um prazo de 72 horas.
Secretário deve explicar parcelamento
O secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, é esperado nesta terça na Assembleia Legislativa para dar esclarecimentos sobre o parcelamento de salários dos servidores.
Ele já foi convidado outras duas vezes, mas não compareceu em nenhuma delas. Dessa vez, se Helvécio Magalhães não for à audiência pública, ele estará automaticamente convocado e será obrigado a prestar esclarecimentos.
A convocação de secretários de Estado não acontece em Minas Gerais há 22 anos. A audiência ocorrerá na Comissão de Administração, às 10h.
O secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, é esperado nesta terça na Assembleia Legislativa para dar esclarecimentos sobre o parcelamento de salários dos servidores.
Ele já foi convidado outras duas vezes, mas não compareceu em nenhuma delas. Dessa vez, se Helvécio Magalhães não for à audiência pública, ele estará automaticamente convocado e será obrigado a prestar esclarecimentos.
A convocação de secretários de Estado não acontece em Minas Gerais há 22 anos. A audiência ocorrerá na Comissão de Administração, às 10h.
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