Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
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“A melhor defesa do governo Dilma é apontar seus erros. Se não a vaca vai pro brejo. Não por culpa dela, mas por ter assimilado a pauta neoliberal da burguesia, como a da reforma da previdência. Seria um passo para a privatização da previdência”, reclamou ele, avisando que se o governo mexer na previdência rural, o MST e os movimentos populares irão para as ruas. “Não mexam nela”.
Protesto anti-pobre
Ao avaliar o grave quadro nacional, João Pedro Stédile disse que o país passa por várias crises: econômica, política, social e ambiental. De acordo com ele, para sorte do governo Dilma, a classe média está dividida, caso contrário, ele já teria caído. Disse que os que irão para as ruas amanhã representam pequena parcela da burguesia reacionária, conservadora e que tem raiva de pobre.
“O problema deles é que eles são iludidos; eles não são contra a Dilma, são contra os pobres. Assim que eles aumentam a renda, eles contratam mais uma empregada doméstica pra lavar suas cuecas, calcinhas e banheiros, porque sempre terá que haver um ser humano subjugado por eles”, criticou, para pontuar que “nós queremos uma sociedade sem empregada doméstica, sem senzala”. Por isso, afirmou, que a tese do ‘fora Dilma’ não pega, apesar de setores do Judiciário defenderem. “Não tem base social para tirar a Dilma, eles não conseguiram convencer seus empregados a irem para as ruas, porque as empregadas sabem como pensam as patroas”.
Cabo Júlio pula fora
Deputado da base governista e um dos representantes de policiais militares na Assembleia Legislativa, o deputado Cabo Júlio (PMDB) entregou o cargo de vice-líder do governo ao presidente da casa, Adalclever Lopes. Ele justificou que estava insustentável sua posição entre o governo e a categoria que representa. “Entre um e outro, não há dúvida, fico com a minha classe”, disse o deputado, que foi um dos responsáveis pelo recuo do governador Fernando Pimentel (PT) de reduzir em R$ 360 milhões o orçamento do Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM).
Quebra de hierarquia
É claro que houve reforço do comandante-geral da PM, coronel Marco Antônio Bianchini, que, como os soldados, reagiu à altura, com riscos de quebra da hierarquia. Junte-se a isso, o parcelamento (em até três vezes) de salários dos que ganham acima de R$ 3 mil, que atingiu em cheio os servidores da segurança pública, já que o piso de soldado, inspetor, bombeiro e agente prisional é de R$ 4 mil. Agora, com possível prorrogação do parcelamento de salários, Cabo Júlio considerou insustentável a situação.
E a notícia de que o governo pretende transferir a subsecretaria de atividade socioeducativa, que monitora adolescente infrator, para a Secretaria de Direitos Humanos agitou os agentes prisionais. A rejeição é tal que falam, em coro, em greve.
Um comentário:
Porque a mudança da subsecretaria para a secretária de direitos humanos causa rejeição por parte dos agentes prisionais?
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