sexta-feira, 4 de março de 2016

Vazamento põe fogo no país e expõe instituto da delação

Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br


04/03/2016

Dias piores virão por aí após a queda de mais uma bomba, nitroglicerina pura, detonada pelo vazamento da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT), ex-líder do Governo no Senado. Homologada ou não pelo Supremo Tribunal Federal (STF), suas revelações expõem, diretamente, a presidente da República e o ex-presidente Lula, especialmente, pelo fato de o governo e o PT estarem fragilizados e desarticulados na atual crise política. Envolvido na Lava Jato, Delcídio está em prisão domiciliar negociou com a justiça para evitar condenação maior.
Por outro lado, o vazamento cortará como faca de dois gumes. Se agrava a situação do governo e a crise política, pode afetar também o instituto da delação premiada. Afinal, o senador decidiu fazer a delação, sob sigilo até que o STF a homologue ou outro prazo, o acordo teria que ser respeitado para não cair em descrédito nem comprometer as investigações. Ainda assim, alguém ali preferiu vazar e colocar mais fogo no país.

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