Governo visa evitar a traição de aliados quando o processo de impedimento da presidente for votado em plenário na Casa
"O Palácio do Planalto não está pretendendo transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não iremos mexer em nada", disse a presidente, em coletiva de imprensa, após visitar a Base Aérea de Brasília, onde conheceu o novo cargueiro da Aeronáutica.
Ao mesmo tempo em que o governo quer garantir que o sepultamento do impeachment, os partidos do chamado centrão (PP, PSD, PR, PRB), que devem ser agraciados com os cargos, não querem se comprometer perante a opinião pública, caso a presidente caia no meio do caminho. Portanto, também só pretendem assumir os postos depois da votação do processo de deposição.
Perguntada se o Ministério da Educação, hoje comandado por Aloizio Mercadante, estaria na mesa de negociações, a presidente Dilma se irritou e rebateu: "Não, o MEC não está em questão". Em seguida, criticou a imprensa, dizendo que as notícias sobre trocas ministeriais são meras "especulações". "Isso é o jornalismo especulativo que cria no um país um clima de instabilidade extremamente nocivo, transformando factoides em realidade", disparou.
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