segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dilma por Lula

Amália Goulart / 11/04/2016 - 06h00 - HD
Amalia1Ministros têm dito que, caso o impeachment morra na Câmara ou no Senado, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) será, na verdade, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Será formada uma nova coalizão com novos ministros. É justamente essa a ideia que Lula e aliados estão vendendo ao grupo dos deputados indecisos.
A manobra depende, no entanto, do Supremo Tribunal Federal. Caso Lula assuma o ministério da Casa Civil, será como assumir a Presidência. Mas, com uma negativa do Supremo fica difícil compor um governo, sem efetivamente estar nele.
A contabilidade
Na contabilidade do impeachment governadores foram a campo pedir aos deputados dos respectivos estados votos contra ou a favor da presidente Dilma Rousseff (PT). Na seara, quem teve mais sucesso foi o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Na semana passada, ele ficou 24 horas em negociação com a bancada. Teve o apoio do ex-deputado Sandro Mabel. Ambos são contrários à permanência da presidente. Dizem aliados que conseguiram convencer uma meia dúzia de parlamentares.
Em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel (PT) conta com o apoio dos deputados do partido dele e do PCdoB, na defesa da companheira de partido e de luta durante a ditadura militar.
Parlamentares que têm certo trânsito no Palácio Tiradentes, mas pertencem a outras legendas, como Marcelo Aro (PHS), não mudarão o voto contra a presidente.
No mapa do impeachment, a contagem será voto a voto. Um espectro de 15 ou 20 deputados indecisos, de legendas menores, pode decidir o destino de Dilma Rousseff.
Esperteza?
Tem deputado que pediu à Câmara que mudasse o nome parlamentar. A votação do impeachment será aberta e pode ser nominal. Quem começa com a letra A, por exemplo, votará primeiro. Alguns acreditam que ficar por último é mais vantagem. Pode votar de acordo com a toada.
Chapa única
Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT) andam conversando sobre o cenário político brasileiro. Aliados de ambos dizem que eles poderão compor uma chapa presidencial nas eleições de 2018. Ciro seria o candidato e Marina vice. Entrariam na disputa para apresentarem-se como alternativa à polarização PT X PSDB. E também ao chamuscado PMDB.
Alckmin
Ganha terreno no PSDB – com exceção do diretório mineiro – a ideia de uma candidatura de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, à Presidência, em 2018. Como o nome de Aécio apareceu no noticiário da “Lava Jato” (ele nega tudo), o nome do adversário dentro da legenda começou a rondar nas conversas de bastidor. É claro, contando com a colaboração de José Serra (PSDB).

Nenhum comentário: