General
ex-chefe do ESTADO maior do EXÉRCITO fala sobre o “estado de Defesa” e
sobre a “fidelidade” relativa dos Generais a Comandante – em – Chefe.
O
general de Exército Rômulo Bini dissertou sobre a tentativa de
imposição de um estado de defesa por Parte de Dilma Roussef. Em
consonância com o que foi colocado por análise da Revista Sociedade Militar, o general deixa claro que o Exército não se submeteria a determinações contrárias ao interesse nacional.
Rômulo Bini disse, entre outras coisas, que:
“O
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, assessores
diretos da Presidência da República na adoção dessas medidas, são
autoridades do governo e dificilmente decidirão de modo contrário aos
seus interesses. Se assim acontecer, o interesse nacional será
secundário. Então, como agirá o militar, de qualquer nível hierárquico,
no cumprimento de missões oriundas e determinadas por esses preceitos
constitucionais se as considerar ilegais e consubstanciadas a velados
interesses de um “jogo político”? Como aceitaria cumprir um ato que
julga ilegal dentro de uma missão legal?”
No
trecho acima está mais que obvia a opinião do General. Quando coloca
“como agira o militar no cumprimento de missões… se as considerar
ilegais e consubstanciadas a velados interesses de um jogo político…
Aceitaria cumprir uma ato que julga ilegal?”
As
palavras de Rômulo Bini não são apenas jogadas ao vento, vêm de um
homem que esteve no comando há pouco tempo e que tem muita influencia
nos chamados “altos cuturnos” do Exército Brasileiro. Há algum tempo o
referido militar, junto com outros generais, foi signatário de documento
que criticava ações de Dilma Roussef, a despeito da irritação da
Presidente e determinação para puni-lo, a ordem não foi cumprida pelo
Exército.
Não
se espera, como houve da parte de Mourão e Etchegoyen, outras
manifestações de generais da ativa advertindo o governo atual e falando
sobre a situação caótica vivida pelo país. Contudo, ha um outro lado
importante a observar nisso, a despeito das declarações duras, os
referidos generais permanecem na ATIVA. Dilma, ainda que quisesse, não
tem força para mandá-los para o “PIJAMA”.
A
verdade está cada vez mais clara, os militares estão cada vez mais
desconfortáveis diante do caos institucional e o comando já se sente
pressionado pelo restante do corpo na ativa e reserva.
Bini
termina seu “aconselhamento” com o seguinte trecho deixando claro que
acredita que as Forças Armadas podem acabar caindo em descrédito se não
se posicionarem de forma mais incisiva.
Ele diz:
A
Nação brasileira encontra-se num patamar crítico de sua História e não
se antevê uma solução que possa trazer uma paz civilizada e democrática
ao seu povo. As Forças Armadas, a instituição de maior conceito na
sociedade, não poderão ser denegridas em função dessas “crises de
insensatez”. Seus comandantes deverão estar atentos, pois o soldado
brasileiro, conforme reza o seu juramento, é o guardião da honra, da
integridade e das instituições do Brasil!
Revista Sociedade Militar
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