sexta-feira, 22 de abril de 2016

Tragédia em ciclovia mina credibilidade da Rio-2016, diz imprensa internacional

'O acidente é um grande golpe para o prestígio do Rio e levanta questões sobre os critérios de engenharia e segurança da sede olímpica', destacou o britânico 'The Guardian'

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Reportagem do jornal 'The Guardian': um golpe na sede da Olimpíada
Reportagem do jornal 'The Guardian': um golpe na sede da Olimpíada(Reprodução/VEJA)
A pouco mais de 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a imprensa internacional relatou com preocupação o desabamento de uma ciclovia que deixou duas pessoas mortas nesta quinta-feira. Construída ao custo de 44,7 milhões de reais e inaugurada em janeiro, a ciclovia Tim Maia teve um trecho de mais de 50 metros arrancado pela ressaca do mar de São Conrado.
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Para o jornal britânico The Guardian, a tragédia mina "a credibilidade da cidade como sede olímpica". "O acidente é um grande golpe para o prestígio do Rio e levanta questões sobre os critérios de engenharia e segurança da sede", destaca o jornal. A reportagem também lembra que a obra foi chamada de "a ciclovia mais bonita do mundo" quando foi inaugurada pelo prefeito Eduardo Paes.
Outro veículo que noticiou o desabamento com destaque, a rede americana CNN reportou que o colapso da ciclovia "multimilionária" é um revés para a cidade-sede da Olimpíada de 2016 e explicou que a obra faz parte dos projetos de renovação da cidade antes dos Jogos. A CNN também destacou que "as mortes aconteceram horas depois que a tocha olímpica foi acendida na Grécia como um prelúdio da Olimpíada no Rio".
A reportagem do New York Times sobre o acidente cita que a ciclovia foi anunciada como um projeto de legado da Rio-2016. O jornal americano afirma que o desabamento "foi o último de uma série de problemas que assolam os preparativos para os Jogos", listando também o surto de zika, a crise política que ameaça derrubar a presidente Dilma Rousseff, a venda de ingressos abaixo do esperado e os cortes no Orçamento - "em meio à pior recessão em décadas" no Brasil.
(Da redação)

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