segunda-feira, 30 de maio de 2016

Dilma tem plano de governo para 3º mandato: gastar adoidado, criar novo imposto e controlar a imprensa!!!

Em entrevista à Folha, a Afastada deixa claro que não tem medo de ser cara de pau e volta a falar num complô para derrubá-la com o intuito de brecar a Lava-Jato

Por: Reinaldo Azevedo
A entrevista concedida por Dilma Rousseff à Folha no domingo é a melhor evidência de por que não pode ser presidente da Republica. É claro que ninguém esperava que estivesse contente com a sorte. Mas é impressionante que tenha piorado. Parece ainda mais alienada da realidade. E está mais autoritária também.
Aquela que disse mais de uma vez que o único controle que admitia para a imprensa era o controle remoto anuncia, agora, a necessidade combater o oligopólio da mídia. Instada a explicar a que se referia, preferiu o enigma: “Eu dei murro em ponta de algumas facas. Mas eu não tenho como dar murro em todas as facas”.
Dilma deu murro na ponta da faca do esquema criminoso que tomava conta da Petrobras? Não!
Dilma deu murro na ponta da faca das quadrilhas que desviavam dinheiro público para partidos e seus bandidos? Não!
Dilma deu murro na ponta da faca do vergonhoso loteamento de cargos públicos para manter a base no Congresso? Não!
Dilma foi é beneficiária de tudo isso.
A entrevista é patética, a começar da negativa, mais uma, de que tenha cometido crime de responsabilidade. Ela sabe ser mentira. E segue surfando na onda nos diálogos gravados por Sérgio Machado para afirmar que o impeachment é só uma tentativa de barrar a Lava-Jato. Se fosse indagada sobre alguma ação concreta nesse sentido, não saberia dizer. Porque não há.
Segundo a fina pensadora, o governo que está aí pertence a Eduardo Cunha. Mais uma vez, se tivesse de dizer por quê, não saberia. No máximo, diz que assim é porque André Moura é líder do governo na Câmara. Eu fui um dos críticos da indicação, mas atribuí-la a Cunha é uma mentira estúpida. Moura recebeu o apoio de 225 deputados — e é evidente que o presidente afastado da Câmara não dispõe de uma “bancada” desse tamanho.
Com a cara de pau mais explícita, Dilma ataca as propostas de corte de gastos do novo governo, atribuindo-as a um complô neoliberal… Não sabe o que diz. Se alguém lhe cobrasse que discriminasse as forças que conspiram nesse complô, não teria como apontá-las. Afinal de contas, os muito ricos nunca tiveram por que reclamar dos governos petistas, incluindo os de Dilma.
Então ficamos assim: segundo a antiga soberana, ela só caiu porque as elites neoliberais se juntaram aos que queriam paralisar a Lava-Jato, com o apoio da mídia oligopolista. Ah, bom! Mas por que os adversários do PT iriam querer parar a operação com essa determinação se a dita-cuja dizimou o… PT??? Dilma nunca precisou ser lógica.
Como ninguém é fulminado por um raio por ser cara de pau, a Afastada comenta as propostas do pacote econômico anunciado por Henrique Meirelles, ministro da Fazenda:
“Não sei se é dele essa ideia de propor o orçamento base zero [que só cresce de acordo com a inflação do ano anterior]. Mas não é possível, num país como o nosso, não ter um investimento pesado em educação. Sem isso, o Brasil não tem futuro, não. Abrir mão de investimento nessa área, sob qualquer circunstância, é colocar o Brasil de volta no passado. É um absurdo.”
É a fala de uma irresponsável. Em matéria de governo, não existe a expressão “sob qualquer circunstância”. Afinal “sob qualquer circunstância”, a senhora Dilma Rousseff produziu um déficit de R$ 170,5 bilhões. Mais: ela própria já havia feito cortes severos no Orçamento de 2016 na área social.
Instada a falar sobre as promessas feitas em 2014 e que não teria como cumprir, teve o desassombro de sugerir que ninguém tinha noção do tamanho da crise, nem ela nem a oposição. Santo Deus!
Ah, sim: Dilma defendeu a recriação da CPMF.
Então ficamos assim: se acontecesse a tragédia de Dilma voltar a ser presidente, ela já tem um programa para o “terceiro mandato”: voltar a gastar adoidado, criar um novo imposto e controlar a mídia.
Aplausos pra ela!

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