quinta-feira, 5 de maio de 2016

Falta uma semana para descermos a rampa com Dilma, diz ex-ministro

- Atualizado em
Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência da República
O ex-ministro Gilberto Carvalho (PT)(Antonio Cruz/ABr/VEJA)
Num momento de reflexão no Palácio do Planalto, o ex-ministro Gilberto Carvalho (PT) deu um choque de realidade nos apoiadores da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira. "Estamos a uma semana de a presidente descer a rampa e vamos descer a rampa com a presidente. É um momento duro, não vamos nos enganar", disse ele durante evento do Ministério do Desenvolvimento Social para mais um balanço de ações do governo - do qual já não faz mais parte. O ex-titular da Secretaria Geral de Dilma e ex-chefe de gabinete de Lula apenas escancarou o óbvio: a indisfarçável expectativa de derrota e afastamento de Dilma pelo Senado na próxima quarta-feira e o clima de derrota e resignação nos corredores palacianos. Carvalho ainda pediu que os integrantes de movimentos sociais sejam "combatentes" e repetiu a tese de que o impeachment é "golpe" - argumento conflitante com a previsão constitucional do instrumento. "Dilma está tendo cassado o seu mandato e não pode ser acusada por um tostão", conclamou. "Ao contrário de outros que se fizeram de aliados do governo e pularam fora. Essa gente aqui não é assim." Ele criticou dois dos principais articuladores políticos do vice-presidente Michel Temer (PMDB), o senador Romero Jucá (RR) e Geddel Vieira Lima, ambos ex-ministros do governo Lula. Novamente recorrendo ao discurso do medo, ele acusou o PMDB planejar uma pauta regressiva de direitos sociais. "Alguém imagina que num governo com Geddel, Jucá e etc. vai dar alguma coisa de bom nesse país?" (Felipe Frazão, de Brasília)

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