"Alteri ne facias quod tibi fieri non vis"
Não faças aos outros o que não queres que te façam
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Governistas – como sempre – recorrem ao discurso do medo
- Atualizado em
Contabilizando
não mais do que 23 votos pró-Dilma nesta quarta, governistas se amparam
em uma última e já batida estratégia para evitar o afastamento da
presidente da República: recorrer à tradicional tática do medo. Antes da
abertura da sessão em plenário, os principais discursos dos apoiadores
da petista se dedicaram a desqualificar o possível governo de Michel
Temer, dizendo, entre outros argumentos, que ele vai cometer um
"atentado" aos direitos dos trabalhadores - ignorando o fato de que a
própria Dilma promoveu ajustes aos benefícios trabalhistas logo após a
reeleição. "É um governo de crise, frágil, um presidente sem
legitimidade que vai tomar medidas para aprofundar a recessão
econômica", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "O prognóstico é
muito ruim. Eles vão querer retirar o pré-sal, tirar direito dos
trabalhadores. No começo, podem até querer fazer uma demagogia para não
perder completamente o apoio, mas, em seguida, isso virá. E virá com
muita força", emendou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que
também alardeou o congelamento da política de valorização do salário
mínimo. Apesar da investida, senadores pró-impeachment já dão como certo
o afastamento de Dilma. Eles calculam ter entre 54 e 57 votos. Para
Dilma ter o mandato suspenso, são necessários os votos de mais da metade
dos senadores presentes. (Marcela Mattos, de Brasília)
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