Números divulgados pelo próprio governo implodem a mágica malandra de Lula e Dilma
Lula jura que acabou com a pobreza. Dilma jura que erradicou a
miséria. E os devotos da seita repetem que, nos últimos 13 anos, 45
milhões de excluídos foram incluídos na classe média. Faltou combinar
com os responsáveis pelo Cadastro Único para Programas Sociais, à
disposição dos interessados no site oficial do Ministério de
Desenvolvimento Social (e Agrário, depois da recomposição do primeiro
escalão do governo Michel Temer).
A vigarice inventada pelo padrinho e expandida pela afilhada é
implodida pelo cadastro que “reúne informações socioeconômicas das
famílias brasileiras de baixa renda ─ aquelas com renda mensal de até
meio salário mínimo”. Como constatou o jornalista Clóvis Rossi em sua
coluna na Folha, “famílias de baixa renda é um piedoso
eufemismo para pobres ou, até, para miseráveis, conforme se pode ver
quando se separam os cadastrados por faixa de rendimento”.
Atualizados em janeiro de 2015, os números confirmam aos berros que
Lula e Dilma mentem mais do que piscam. São quase 39 milhões os que
ganham de R$0 até R$77. Estão perto de 15 milhões os que juntam
mensalmente entre R$77,01 e R$154. Passam de 19,5 milhões os situados na
faixa que vai de R$154,01 até meio salário mínimo. Tudo somado, os
pobres e miseráveis oficialmente desaparecidos eram, há pouco mais de um
ano, exatamente 73.371.179.
A imensidão de excluídos que sumiu do Brasil Maravilha ficou maior no
Brasil real. Os números do próprio governo provam que a dupla de
mágicos malandros apenas escondeu o que nunca deixou de existir.
Haja cinismo.
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