Um dos desafios para as forças de segurança em Minas é garantir a integridade de atletas que já chegam para a preparação para a Olimpíada. Isso inclui a escolta e transporte das delegações, inclusive das consideradas como mais visadas para ataques, como a França. Uma tarefa não muito fácil para o Estado que tem a maior malha rodoviária do país e um contingente abaixo do ideal até mesmo para a rotina diária sem evento especial.
Para evitar incidente, as polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar Rodoviária (PMRv) terão reforço no efetivo e focarão a fiscalização em locais estratégicos. Os pontos considerados primordiais pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficam nas principais rodovias do Estado: BRs 040 e 381. A atenção estará voltada especialmente para Juiz de Fora, que receberá nove delegações.

Leia também:
Polícia Militar retoma treinamento para os Jogos Olímpicos
A fiscalização na 040, que liga Juiz de Fora ao Rio de Janeiro e a BH, será concentrada no transporte de passageiros e cargas perigosas e no fluxo de turistas estrangeiros. “Há reforço na busca minuciosa em veículos que estão de entrada no Estado do Rio de Janeiro e em Juiz de Fora, sempre em busca de drogas, armas e outros ilícitos”, diz em nota a PRF.
Postos de fiscalização na Grande BH terão reforço nos dias de jogos na capital e aumento de agentes também será encaminhado para o Estado.
Os comandos da PRF e da PMRv cancelaram folgas e férias dos agentes durante os Jogos Olímpicos
Já o foco da PMRv é a capital e a região metropolitana, onde serão feitas operações para coibir acidentes e transporte de materiais ilícitos. Blitze da Lei Seca e de controle de velocidade serão ampliadas.
“Ações foram iniciadas e serão intensificadas à medida que o evento se aproxima. Vamos contar com reforço da própria unidade e também do administrativo”, afirma o assessor de imprensa da PM, capitão Flávio Santiago. O contingente da PMRv é de 190 homens e o reforço deve ser de outros 40.
Danny Zahreddine, professor de relações internacionais da PUC Minas, diz que a estratégia deve ser pensada considerando cada uma das delegações. “Não vamos conseguir um esquema de segurança com todas as ligações cobertas. Precisamos cobrir pontos sensíveis, como áreas de aglomeração. O deslocamento é um desafio tremendo, principalmente quando se trata de alguns países, como a França”.
A estratégia pensada para a malha rodoviária é bem-vinda. Mas, de acordo com o especialista, o trabalho mais importante deve ser realizado pela equipe de inteligência das polícias. “O que evita de fato um eventual ataque é a prevenção por meio do monitoramento de conversas e de indivíduos suspeitos”.