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26/04/2016
- Fonte: http://www.sargentorodrigues.com.br/index.php/destaque-mandato/2729-deputados-do-bloco-de-oposicao-cobram-explicacoes-do-governador-de-minas-e-do-comandante-geral-da-pmmg
Durante
a reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de
Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira, 26/4/2016, o deputado Sargento
Rodrigues relatou para os parlamentares presentes os fatos ocorridos, em
Ouro Preto, no dia 21 de abril, quanto a tentativa de entrar para a
solenidade de entrega da medalha da Inconfidência na Praça Tiradentes,
quando foi atingindo por jatos de gás lacrimogênio junto com os
representantes das entidades de classe da polícia e bombeiro militar.
O deputado Sargento Rodrigues,
Presidente da Comissão, destacou que está desde o dia 21 de abril sem
compreender a atitude do Chefe do Gabinete Militar do Governador,
Coronel Helbert Figueiró de Lourdes, que deu a ordem para que ele e os
presidentes das associações de classe não entrassem ao evento. “O que
nos deixou estarrecido é todos sabiam que estávamos exercendo o direito
de ir e vir, que é cláusula pétrea, que não pode ser suplantado, mas o
pior foi assistir os militantes do MST e da CUT, cerca de 2 mil,
passarem, na nossa frente, sem identificação, sem absolutamente nenhum
tipo de retenção pela mesma tropa da polícia militar”, disse. Rodrigues
lembrou, ainda, que o Governador estava a menos de 200 metros falando de
liberdades democráticas, enquanto cidadãos ouro-pretanos não tiveram
acesso as próprias casas. “Senhores e senhoras que foram proibidos de
adentrarem a praça. A gente se encontra com uma indignação que ainda não
acabou”, afirmou.
Na ocasião, o deputado João Leite
estendeu sua solidariedade ao deputado Sargento Rodrigues. “Sou colega
do deputado Sargento Rodrigues há cinco mandatos e testemunha do
trabalho incansável que ele realiza pela população de Minas Gerais,
notadamente na área de segurança pública. Ele é autor de 44 leis que dão
direitos aos policiais, suas famílias e merece o respeito de seus pares
nesta Casa. É impensável e inaceitável o que aconteceu no dia 21 de
abril com o deputado Sargento Rodrigues e seus colegas que representam
os policiais militares de Minas Gerais em Ouro Preto”, ressaltou.
Ainda segundo João Leite, o bloco de
Oposição da Assembleia Legislativa de Minas Gerais tomará medidas sérias
contra os fatos ocorridos. “É inaceitável o que o comando da PMMG fez
com o deputado Sargento Rodrigues e com os representantes da polícia
militar e do corpo de bombeiros”, disse.
Também solidarizando ao deputado
Sargento Rodrigues, o deputado Antônio Carlos Arantes, enfatizou que da
forma que trataram Sargento Rodrigues em Ouro Preto, Fernando Pimentel
mostra que seu governo não tem como dar certo. “Coronel Bianchini, que
decepção! Você está manchando sua história e a da polícia. Isto não é
coisa da PMMG! Isto é coisa de meia dúzia de puxa saco do desgoverno
Pimentel que está preocupado apenas com a segurança dele. Ele disse que o
governo dele seria para ouvir o povo e que em Ouro Preto a praça seria
do povo. Em 2015, a praça foi aberta e foi homenageado o João Pedro
Stédile, líder do MST, que prega a anarquia”, afirmou.
A deputada Ione Pinheiro ressaltou que
ficou muito chateada porque o Sargento Rodrigues é um deputado muito
atuante, que defende muito a polícia, a segurança do Estado, que defende
cada um de nós. “Antes de qualquer coisa ele é representante do povo
mineiro. Ele tem legitimidade. Ele ser barrado em um evento que é
patrocinado pelo Governo de Minas? Temos que começar a chamar a
responsabilidade dos nossos governantes. Será que é este governo que nós
queremos? Porque se a polícia atuou desta forma, com gás lacrimogênio, é
porque recebeu ordens e, com certeza, nós temos que chamar é o
governador, que é o representante de Minas, na responsabilidade”,
explicou.
Ione Pinheiro explicou, ainda, que a
Assembleia Legislativa, através do Presidente, tem que tomar uma
atitude. “Quando o deputado Sargento Rodrigues foi atingido, atingiu a
mim e a cada um de vocês, porque ele representa os mineiros”, disse.
“Eu sou reconhecidamente deputado
classista e faço questão de deixar isto claro, mas em hipótese alguma,
eu admitiria que um 1º Tenente da Polícia Militar de Minas Gerais
agredisse qualquer parlamentar com jato de gás lacrimogênio. Todos que
estavam ali sabiam que eu sou deputado estadual e que estou em pleno
exercício do mandato. Se fizeram isso com um deputado, eu não sei o que
seriam capaz de fazer com outra pessoa a mando do Governador. Enquanto
estamos aqui discutindo segurança pública de Baldim e região, o
Governador baixou um decreto ampliando sua segurança pessoal, mantendo
manifestações populares distantes”, explicou o deputado Sargento
Rodrigues.
DEPUTADOS FAZEM MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO CONTRA ATO OCORRIDO EM OURO PRETO
Já
na reunião ordinária de Plenário desta terça-feira, 26/4/2016, os
parlamentares foram solidários em relação aos fatos ocorridos com o
deputado Sargento Rodrigues no dia 21/4/2015 em Ouro Preto. O deputado
Carlos Pimenta, do PDT, prestou sua solidariedade e do seu partido e
pediu que a Assembleia apure os fatos. “Sargento Rodrigues estava
presente com outros militares, que estavam à paisana e tentaram entrar
para participar e fazer uma manifestação legítima e ordeira, mas foram
absolutamente barrados pela própria polícia militar, de uma maneira
truculenta, com jatos de spray de pimenta. Queria repudiar os critérios
usados naquele dia, quando as pessoas que portavam bandeiras do MST
entravam tranquilamente. Sargento Rodrigues foi agredido. Portanto, esta
Casa foi agredida. Peço que apure os fatos. Nunca vi, na minha vida, um
deputado ser impedido de entrar em um ato público por ordem do
Governador”, solicitou.
Segundo o deputado Gustavo Correa, não
há justificativa pela agressão sofrida pelo deputado Sargento Rodrigues
por algum membro da Polícia Militar de Minas Gerais. “Aqueles que
tiveram oportunidade de acompanhar todo o procedimento, conseguiram
analisar que nada demais ali pleiteavam, sobretudo na condição de
parlamentar, o mesmo deveria ter sido tratado da mesma forma com que os
outros convidados. Eu pude acompanhar pelas imagens que determinados
representantes de entidades do MST, que ali estavam para bater palmas
para o governador do Estado conseguiram entrar, mas o deputado que
queria utilizar o local apenas para fazer sua manifestação, fazer a
cobrança, o que eu tenho certeza que 99,9% dos servidores do Estado
teriam feito ao Governador que é a cobrança do pagamento dos salários em
dia, não conseguiram entrar porque infelizmente a PMMG, admirada por
todos nós, um ou outro membro não teve a postura e o equilíbrio
necessário para o exercício das suas atividades e utilizaram gás
lacrimogênio”, disse
Para o deputado João Vitor Xavier, é
necessário que a mesa da Assembleia Legislativa tome alguma atitude,
muito firme, suprapartidária, de defesa do parlamento e dos seus
membros. “É impensável que um membro do parlamento mineiro seja impedido
de entrar num evento do Governo do Estado de Minas Gerais. Antes de sua
posição partidária, Sargento Rodrigues é um membro deste parlamento,
eleito de maneira democrática pelo povo de Minas Gerais. No momento em
que o membro do parlamento é impedido de participar de uma solenidade do
Governo do Estado, nós não temos apenas este membro atingido, nós temos
todo o parlamento. Peço ao Presidente que tome as providências cabíveis
para que esta seja apenas uma infeliz página e uma exceção na nossa
história. Ao cidadão Sargento Rodrigues, ao homem público Sargento
Rodrigues, a minha inteira e absoluta solidariedade e, acima de tudo a
esta Casa, o meu pedido que ela se respeite e não se coloque de cócaras a
outro poder”, pediu.
De acordo com o deputado Gil Pereira, as
imagens são claras, o deputado Sargento Rodrigues estava de modo
pacífico com os representantes das entidades de classe. “A gente fica
triste, em um momento em que se vê tanto falar em liberdade”, disse.
Ainda segundo Gil Pereira, ele nunca viu polícia, a mando de alguém,
jogar jato de pimenta em um parlamentar.
“Queria dizer que realmente este
parlamento foi ofendido de forma dramática, terrível. Não só este
parlamento, mas nós tivemos uma ofensa aos princípios basilares da
democracia, as liberdades individuais e lamentavelmente não é a primeira
vez. Nós precisamos dar um basta nisso. Sargento Rodrigues tem a minha
solidariedade”, destacou o deputado Arnaldo Silva.
Na oportunidade, o deputado Glaycon
Franco também se manifestou e fez coro as palavras dos outros deputados,
quando deixou registrado sua indignação. “Indignação esta que se
manifesta em todos os deputados desta Casa. Nós não podemos coadunar e
nem aceitar atitudes como esta que ocorreu. Nós não podemos permitir que
um deputado como o Sargento Rodrigues, que é referência nesta Casa,
tenha os seus direitos tolidos, principalmente no dia 21 de abril, na
Praça de Ouro Preto, berço dos movimentos libertários”, enfatizou.
Ainda durante a reunião, o deputado
Gustavo Valadares, Líder do Bloco Verdade e Coerência, fez a leitura e
protocolou uma manifestação de repúdio em relação aos lamentáveis fatos
ocorridos no dia 21 de abril de 2016, em Ouro Preto, quando da
solenidade da entrega da Medalha da Inconfidência, solicitando ao
Presidente da Assembleia, que publicamente externe, em nome da Casa, o
repúdio quanto aos fatos narrados, para que sejam adotadas pelos órgãos
competentes as providências legais para que tais eventos lamentáveis não
mais se repitam e que se apurem as responsabilidades pela sua
ocorrência.
“Entraram na praça aqueles que são a
favor da invasão da propriedade privada, que defendem o caos. Já os que
prezam pela segurança, pelo bem-estar da população, ficaram de fora.
Este é o juízo de valor do governo de Minas Gerais”, destacou o deputado
Gustavo Valadares.