domingo, 30 de outubro de 2016

PT é derrotado em todas as disputas de segundo turno

Coluna do Estadão
30 Outubro 2016 | 20h21
Sede do PT, em São Paulo. Foto: Reprodução/Google StreetView
Sede do PT, em São Paulo. Foto: Reprodução/Google StreetView
Todos os sete candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) que foram ao segundo turno no País foram derrotados por seus adversários.
Quem quase escapou da estatística foi o candidato do partido em Santa Maria (RS), Valdeci Oliveira, que foi derrotado por menos de 1% de diferença na votação.
O resultado confirma o pior retrospecto da sigla nas urnas desde 2004, quando o partido elegeu 411 prefeitos após a sigla chegar à Presidência da República. Dos 992 candidatos a prefeito que o partido colocou em disputa neste ano, apenas 254 foram eleitos. (Matheus Lara, especial para o Estado)

Refletir sobre a morte ensina a viver intensamente o presente

TABU

O medo de se falar sobre o fim da nossa existência aflige porque lidamos com perdas o tempo todo

PUBLICADO EM 30/10/16 - 03h00
Seu Olinto Sebastião dos Santos, 55, só fala qual é sua profissão se for “muito pressionado”, diz. Ele já deve ter enterrado algo em torno de 50 mil corpos durante 20 anos de trabalho em cemitérios. É coveiro, mas só para os íntimos, porque, para o público em geral, afirma que é pedreiro e evita estender a conversa. “Tem muito preconceito, né?” Sim, Seu Olinto, especialmente no Brasil e nos países ocidentais, a morte é um tabu. Mesmo certos de que estamos todos “na fila” dela – comenta sabiamente o coveiro – o assunto “morrer” não entra em uma roda de conversa, pois amedronta e expõe o fim da nossa existência. Nossa sociedade não tolera essa ideia, prefere não falar na morte para “não atrair”, quer falar de assuntos mais triviais e fazer prestações a perder de vista.
Do fundo silencioso do cemitério do Bonfim, na região Noroeste de Belo Horizonte, só se escutam os pássaros e, bem de longe, o eco da cidade em movimento. Dali da morada dos mortos, enxerga-se o mundo dos vivos – a imagem dos jazigos se funde com a dos prédios urbanos. A rodoviária da capital também é avistada por entre os túmulos, em uma irônica mensagem sobre as viagens que o ser humano pode fazer. E ao direcionar o olhar para o alto da capela do parque, onde 212 mil corpos estão enterrados, vê-se nos quatro cantos esculturas de ampulhetas com asas, nos lembrando que o tempo voa. Podemos morrer agora, interrompendo alguma tarefa, faltando ao almoço marcado com um amigo, deixando por fazer uma viagem de férias planejada.
Negar essa possibilidade, para não sofrer, não nos blinda, tampouco nos impede de lembrá-la, mas gera angústia. “A gente passa a criar vários nós que vão enterrando a vida da gente. Negamos a morte, mas vamos a todo momento esbarrando em perdas e temos um esforço tremendo de sustentar aquela negação”, fala a psicóloga Júnia Drumond, especialista em tanatologia (ciência que estuda o processo do morrer). É assim quando não se leva as crianças ao cemitério ou não se conta a elas que um cachorrinho morreu e arruma outro igual para colocar no lugar. “A criança fica sem entender aquele cachorro, que não é dela, fica um enredo truncado, que dá mais trabalho, do que sentir, viver e chorar”, esclarece Júnia.

Vida. Aprender a lidar com a morte é, portanto, “permitir que o sofrimento venha e se vá”, emenda a psicóloga. “Dessa forma, a gente valoriza muito mais a vida e o que de fato é importante”, garante. Não é que temos que ficar pensando no nosso fim o tempo inteiro, isso não é sadio. Trata-se de fazer com que a morte ilumine a vida, nas palavras do padre Renato Alves, doutorando no tema: “saber morrer é saber viver”. Para o teólogo, a reflexão sobre a morte “ensina a viver intensamente o presente, cada instante do agora”.
A questão é: por que no Brasil, um dos países mais religiosos do mundo, as pessoas temem tanto a finitude, se a crença é de que há uma vida pós-mortal nos aguardando no paraíso, com a ressurreição? “Porque nosso desejo é de ser imortal nessa condição de vida, de viver eternamente com esses vínculos, com essa estrutura”, responde o padre, prontamente. O fato de a morte ser certa, mas imprevisível nos aflige, confessa Alves, “porque deixaremos pais, filhos, pertences”.
Fé. Devotamente falando, a morte deveria ser vista como lugar de passagem da vida terrena para a definitiva, prega o teólogo. Carnalmente, “o tabu da morte substituiu o tabu do sexo e se tornou uma realidade vergonhosa”. Aí entra a religião, que, segundo Alves, vem nos dar uma solução para o problema e diz “que você vai continuar a viver, porém, em outra esfera”. No aprendizado da psicóloga Júnia, a espiritualidade ajuda e muito, já a religião, “depende de como a pessoa vai vivê-la”.

CUIDADOS PALIATIVOS

Início e fim da vida no hospital

No passado, o lugar do nascer e do morrer era a casa, hoje, é o hospital. A sociedade se afastou do nascimento e da morte, que deixaram o seio familiar para adentrar o ambiente hospitalar. São, agora, coisas privadas. Com isso, as pessoas estão morrendo sozinhas, em uma maca e cheias de tubos. A morte, diz o padre Renato Alves, tem que ser “com dignidade”, palavra de origem latina, que significa “honradez, virtude, consideração”.
Em busca desses sentidos para a morte estão as pessoas que trabalham com cuidados paliativos (que no latim, quer dizer “proteção”). Eles prestam assistência aos doentes crônicos. Onde não se tem mais cura, entra o cuidar, amenizando os sintomas, olhando com carinho para os últimos dias, levando os pacientes para casa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a prática há 15 anos como uma abordagem que melhora a qualidade de vida e de morte de pacientes e familiares.
O Brasil é hoje pressionado a oferecer esse tratamento nos hospitais, pois ainda é muito incipiente. “Não temos política pública para isso. Muitos pacientes vão a óbito internados, é uma morte escondida, sem leveza”, afirma Francine Portela, psicóloga oncologista, com experiência nos cuidados. (JS)

sábado, 29 de outubro de 2016

Polícia brasileira mata 54 em 6 dias, e a britânica, 55 em 25 anos

VIOLÊNCIA

Segundo 10º Anuário de Segurança Pública, intervenções policiais matam nove por dia no país

PUBLICADO EM 29/10/16 - 03h00 - O Tempo
Madri, Espanha. Diariamente, ao menos nove pessoas morrem em decorrência de intervenções policiais no Brasil. Os dados foram divulgados pelo 10º Anuário de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (ONG que reúne especialistas do setor) com base em dados de 2015. Comparando-se com Inglaterra e País de Gales, onde um levantamento do jornal “The Guardian” mostrou que 55 disparos fatais foram feitos pelas forças de segurança locais entre 1990 e 2014, a polícia brasileira precisa de seis dias para igualar a marca atingida em 25 anos nos dois países britânicos – que têm 56 milhões de habitantes.

O relatório também mostra que, no Brasil, ao menos um policial é morto a cada dia, durante o expediente ou fora dele. Os dados evidenciam que, ao combater violência com violência, o Estado brasileiro tem colaborado com o aumento dos índices já recorde de homicídios.

Isso porque, entre 2014 e 2015, apesar de ter havido uma pequena queda de 1,2% (de 59.086 para 58.383) no total de mortes violentas no país – considerada sinal de estabilização do indicativo –, as vítimas da violência policial cresceram 6,3%, para 3.345. Já o número de policiais mortos diminuiu 3,9%: 393 em 2015.

“Falta hoje uma política de Estado que combata a violência”, aponta a socióloga Samira Bueno, diretora executiva do fórum. “Os Estados precisam fazer o controle de armas, e as polícias Militar e Civil devem ter um sistema de metas de redução de homicídios compartilhado”, acrescenta ela.

Segundo a pesquisadora Tânia Pinc, major da reserva da Polícia Militar de São Paulo, “os discursos do Executivo e do Judiciário estimulam ações letais abusivas porque sugerem que o que se espera do policial é que mate o criminoso”. “É uma covardia, porque quem assume essa morte depois é o soldado e sua família, e não essas instituições”, afirma Tânia.

Essa prática tem respaldo social. Segundo o relatório, 50% dos residentes nas grandes cidades brasileiras concordam que “bandido bom é bandido morto”.
Para o deputado estadual Álvaro Camilo (PSD), ex-comandante da PM paulista, no entanto, a explicação é outra. “O aumento de sensação de impunidade levou os infratores a serem mais audazes, o que aumenta o confronto com a polícia, logo, a letalidade”, diz.

Policiais mortos. O anuário também indica que os policiais morrem três vezes mais em folga do que em serviço. De acordo com especialistas, um dos motivos são os chamados “bicos”.

“É um tabu falar daquilo que o policial está fazendo fora do serviço e qual é a responsabilidade do Estado nisso”, sugere Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do fórum, em referência aos “bicos”, exercidos por policiais na segurança privada.

“Por terem salários inadequados, os policiais se lançam nessa atividade, diferente do seu ofício regular, quando raramente são surpreendidos ou emboscados”, explica o consultor José Vicente da Silva, coronel reformado da PM.
Dados. De acordo com os dados do 10º Anuário de Segurança Pública, Mato Grosso foi, em 2015, o Estado com menos mortes provocadas por policiais (0,2/100 mil). Já Santa Catarina foi onde menos houve mortes de policiais (0,1/mil).


PM ABORDOU

Corregedoria apura sumiço de cinco jovens

São Paulo. A Corregedoria da Polícia Militar vai investigar o desaparecimento de Jonathan Moreira Ferreira, 18, Caique Henrique Machado, 18, César Augusto Gomes da Silva, 19, e um adolescente de 16 anos. No último dia 21, eles saíram do Parque São Rafael (zona leste), onde moram, para ir a uma festa, em Ribeirão Pires (Grande SP).

Jonathan mandou um áudio a uma amiga dizendo que o carro havia sido parado pela PM. O automóvel que teria sido usado pelo grupo foi achado por parentes no Rodoanel. Porém, a polícia diz que eles não estavam nesse carro pois a última vez que o veículo passou pelo local foi no dia 10.

Segundo o portal G1, parentes e amigos dos desaparecidos suspeitam que os policiais agiram como represália pelos assassinatos de um policial e de um guarda-civil, em setembro.

Nessa sexta-feira (28), os familiares fizeram um protesto pedindo respostas da polícia. No ato, um grupo jogou pedras em direção à polícia, mas não houve confusão.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Janaina Paschoal alerta que ‘Rússia está a um passo de atacar o Brasil’

Coluna do Estadão
27 Outubro 2016 | 05h30
Janaina Paschoal em reunião da Comissão do Impeachment na Câmara dos Deputados. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Janaina Paschoal em reunião da Comissão do Impeachment na Câmara dos Deputados. Foto: Dida Sampaio/Estadão
A advogada e professora da USP Janaina Paschoal, uma das autoras do processo de impeachment de Dilma Rousseff, está convicta de que a Rússia tem planos de atacar o Brasil em breve.
Em seu Twitter, Janaina explicou seus motivos: “Com a construção de uma base militar russa, na Venezuela, uma posição firme do Brasil já não é só questão humanitária, mas de defesa. Putin tem pouco mais de 60 anos, pode ser idoso, pela lei brasileira. Para fins políticos, é um adolescente. Imperialista, ninguém nega. Com uma base militar na Venezuela, Putin está a um passo de atacar o Brasil. Estão rindo? Estou falando sério. Bem típico: fazer a pessoa passar por burra, para que ela se cale. Mas comigo não!”.
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Polícia Federal deflagra 11ª fase da Operação Acrônimo

27/10/2016 08h04 - Atualizado em 27/10/2016 08h18

Foram expedidos mandados de busca e apreensão e condução coercitiva.

Um dos alvos da ação desta quinta é o empresário Benedito Oliveira.

Vladimir Netto e Marcelo CosmeDa TV Globo e da GloboNews, em BrasíliaACEBOOK









A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (27) a 11ª fase da Operação Acrônimo. Agentes saíram às ruas para cumprir 10 mandados de busca e apreensão e 10 de condução coercitiva.
Os mandados desta quinta serão cumpridos no Distrito Federal e em três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Um dos alvos é o empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené. Ele foi levado a depor por supostamente estar escondendo informações na delação premiada.Bené é investigado desde o início da Acrônimo, em 2015.
A 11ª fase se baseia em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012.
O outro caso investigado nesta fase é uma suposta fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, segundo a polícia, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada.

Satã 2: a nova arma militar da Rússia

O míssil nuclear Satã 2 tem alcance de 11.000 quilômetros

Após a aquisição de armamentos militares infláveis, a Rússia apresentou a nova arma de seu arsenal, agora com real poder de fogo: o míssil nuclear Satã 2. De acordo com a agência de notícias estatal russa Tass, o míssil tem alcance de 11.000 quilômetros, e sua ogiva pesa 100 toneladas.
O míssil balístico intercontinental Sarmat, ou RS-28 Sarmat, é capaz de “varrer partes da Terra do tamanho do Texas ou da França”, segundo a agência de notícias russa Sputnik. O vice-ministro da Defesa russo, Yuri Borsiov, afirmou que o míssil pode destruir alvos cruzando os pólos norte e sul, reportou a rede americana CNN.

O Makeyev Rocket Design Bureau, fabricante do míssil, informa em seu site que “o Sarmat é projetado para fornecer às forças estratégicas russas a garantia e a efetividade do cumprimento das tarefas nucleares de intimidação“ e que o RS-28 está sendo desenvolvido em parceria com os militares russos. O novo míssil deve entrar em operação a partir de 2020.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem reforçado suas defesas em países que fazem fronteira com a Rússia. Entretanto, um dos oficiais responsáveis em liderar a aliança militar, o general americano Ben Hodges, afirmou recentemente que a Otan seria incapaz de defender os países bálticos em caso de invasão das forças russas.
No início deste mês, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a suspensão de um acordo nuclear com os EUA em que ambos os países concordaram em eliminar 34 toneladas de plutônio, quantidade suficiente para milhares de bombas nucleares. Moscou alegou que se tratava de uma resposta a “ações hostis” de Washington em relação à Rússia, após sanções americanas.
Rússia revela novo míssil "inteligente", o Satan-2
Rússia revela novo míssil nucelar, apelidado de Satã-2 (Makeyev Rocket Design Bureau/Reprodução)

Petição de Lula contra Moro na ONU não deve prosperar

Por: Pedro de Carvalho  
Lula: pedido protocolado na ONU
Lula: pedido protocolado na ONU
Advogados do ex-presidente Lula divulgaram, nesta quarta-feira (26), uma nota afirmando que o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos aceitou, preliminarmente, uma petição que afirma que o petista teve seus direitos humanos violados pelo juiz federal Sergio Moro na Lava-Jato.
A professora de Direito Internacional da USP, Maristela Basso, no entanto, não acredita que a petição trará consequências jurídicas. “O recurso dos advogados do ex-presidente à comissão da ONU, órgão este que o governo do PT sempre desprezou, representa tão somente uma estratégia midiática”, disse.
Basso garantiu que, para uma intermediação externa, os advogados de Lula deveriam procurar a Corte Interamericana de Direitos Humanos – o que já foi feito, mas em outro episódio: contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Câmara aprova reajuste salarial para policiais, DNIT e outras carreiras do Executivo

26/10/2016 - 13h24

Os reajustes são diferenciados por categoria e serão parcelados nos próximos três anos, a partir de 2017. O projeto também permite que servidores de três carreiras possam optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Reunião ordinária para votação do Parecer oferecido pelo relator, Dep. Laerte Bessa (PR-DF) ao PL 5.865/16 - do Poder Executivo - que
Proposta foi aprovada por comissão especial da Câmara dos Deputados e deverá seguir para o Senado, pois há negociação para que a proposta tenha tramitação rápida na outra Casa legislativa
Foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (26), o projeto de lei do Executivo (PL 5865/16) que concede reajustes salariais para cargos das carreiras de Policial Federal; de Policial Rodoviária Federal; de Perito Federal Agrário; de Desenvolvimento de Políticas Sociais; e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).
Os reajustes são diferenciados por categoria e serão parcelados nos próximos três anos, a partir de 2017. O projeto também permite que servidores de três carreiras possam optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão.
A proposta teve parecer favorável do relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF). Aprovado em caráter conclusivo, o projeto seguirá para análise do Senado, a menos que haja recurso aprovado para que sua tramitação continue pelo Plenário.
Tramitação rápida
Os deputados se dispuseram a ajudar na tramitação rápida do projeto no Senado para que não ocorram atrasos nos pagamentos. O vice-líder do governo, deputado Fernando Francischini (SD-PR), citou também a tramitação da proposta que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos (PEC 241/16), aprovada nesta terça-feira (25) pela Câmara, "para que a aprovação antes da aprovação da PEC 241 possa acontecer no Senado, trazendo tranquilidade”.
Segundo ele, “mesmo vislumbrando que um projeto do próprio governo como esse com certeza não vai ser afetado pela PEC, nós podemos também, para deixar todas as categorias mais tranquilas, aprovar antes da PEC 241 para que isso possa passar de uma maneira tranquila e todos possam estar no fim do ano esperando a primeira parcela da recomposição de uma maneira muito tranquila."
Cálculo do reajuste
Para 2017, a PEC prevê um reajuste das despesas em geral de 7,2%; e, para os anos seguintes, pela inflação medida pelo IPCA. Mas os reajustes salariais - que, segundo os deputados, repõem perdas acumuladas - são, por exemplo, de mais de 23% para os policiais já em 2017 e de pouco mais de 35%, no total da categoria, até 2019.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que a proposta do limite de gastos também poderá ter efeitos sobre novos reajustes e reposição de pessoal, pois, segundo ela, "o não cumprimento do teto em algumas áreas determina o não reajuste de salário, a não manutenção de vantagens e a não existência de concursos públicos”.
“Quero citar também que gasto primário, que é o que trata a PEC 241, engloba o aposentado servidor. Se alguém da ativa cumprir o seu período e for para a aposentadoria, não abrirá automaticamente vaga na ativa", destacou.
Vitória dos policiais
Para a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), porém, o momento é de avançar na negociação dentro do Senado: "Mas essa manhã não é manhã de politizar, de trazer problemas. É manhã de celebrar a grande vitória que os policiais rodoviários federais conquistaram nesse Brasil por sua forma de lutar, por sua forma de trabalhar".
Novos reajustes
O deputado João Campos (PRB-GO), presidente da comissão especial, informou que os deputados também estão negociando com o governo reajustes para outras categorias, como os fiscais do Ministério do Trabalho.
Policiais do DF
A comissão decidiu ainda fazer uma indicação à Presidência da República para que negocie com o governo do Distrito Federal reajustes semelhantes aos dos policiais federais para a Polícia Civil do DF.
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Newton Araújo

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