Por que para os socialistas é tão importante inchar o estado a qualquer custo? A resposta já deveria ser óbvia para qualquer um que não esteja em transe hipnótico: usar o poder estatal para manter-se no poder. Atualmente, a censura soft (ler um pouco aqui) é a maneira pela qual os socialistas conseguem implementar uma ditadura sem precisar colocar o exército nas ruas. Basta criar regras para que o governo possa usar dinheiro estatal para propagandas e ameaçar as emissoras prometendo parar com o envio de verbas. A pressão econômica fará automaticamente com que as emissoras passem a dar uma forcinha ao governo.
Um exemplo claro pôde ser visto recentemente no CQC, mostrando como um programa da mídia é completamente aparelhado em favor do governo:
Pela censura soft, pode-se notar que a ameaça ditatorial torna-se muito mais danosa, exatamente por ser dissimulada de forma projetizada.
É óbvio que a censura soft está por trás da retirada do jornalista Paulo Eduardo Martins do Jornal da Massa, conforme podemos ver no texto do NaTelinha:
O jornalista Paulo Eduardo Martins, comentarista da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, participou nesta sexta (28) pela última vez do “Jornal da Massa”, apresentado às 7 da manhã.
Em sua conta no Facebook, ele anunciou sua saída do matutino: “Amigos, hoje (28) fiz minha última participação no Jornal da Massa. Por uma decisão legítima da direção da Rede Massa, o telejornal não mais contará com comentaristas. Agradeço aos que acompanharam e compartilharam o programa, aos colegas de bancada Denian Couto, Ogier Buchi, Ruth Bolognese e também a todos da emissora por terem sustentado o formato que nos proporcionou fazer o debate e enfrentar as amarras culturais que envolvem a imprensa brasileira. Sigo como colunista do telejornal SBT Paraná. A vida segue”.
No estado, a informação é de que ele teria sido afastado do noticiário por pressão do governo federal, que ameaçou retirar os patrocínios de estatais do programa. Paulo Eduardo é um crítico ferrenho do governo do PT, que ele chama de “comunista” e “ditatorial”. [...]
Por fim, Paulo Eduardo Martins declara que não foi demitido do canal, já que ele continua com uma coluna no noturno “SBT Paraná”: “Eu continuo com a coluna no SBT PR, que é o telejornal noturno da emissora. Não fui demitido. Fui afastado do JM, que é o telejornal matutino. Ficou claro que um comentarista deve estar intelectualmente e emocionalmente preparado para realmente dizer e sustentar o que pensa, sem se assustar com bandos organizados e barulhentos que não compreendem a liberdade de expressão e ainda, que é preciso ter coragem e entender que a realidade dói e que a dor sempre causa reação”.
Procurada pelo NaTelinha, a assessoria de imprensa da Rede Massa não retornou os contatos até o fechamento desta matéria.
E devemos relembrar o que José Neumanne Pinto disse ao ser demitido do SBT, afirmando que a emissora tem alianças com o PT:
Na sexta-feira passada, dia 7 de fevereiro, após gravar os comentários para os três jornais do SBT, fui comunicado pelo diretor de jornalismo, Marcelo Parada, que o “comitê de programação do SBT” havia decidido extinguir comentários na emissora.
Parada mantinha [e não tem porque deixar de manter] uma relação cordial comigo, mas sempre superficial e esporádica.
Ricardo Melo nunca demonstrou atenção especial pelo “Jornal do SBT”, que era ancorado por Carlos Nascimento, nem pelo “Jornal do SBT Manhã”, comandado por Hermano Henning. Concentrava-se no “SBT Brasil”, apresentado por Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto.
Depois da crise provocada pelo jornal policial tirado da grade por falta de audiência, nunca mais os comentários que eu gravava para o SBT Brasil foram ao ar, apesar de religiosamente gravados, inclusive na sexta [7], quando fui sumariamente demitido sem nenhum aviso prévio, nem tentativa de evitar que meu trabalho prejudicasse a dinâmica do noticiário, como vi alegado nas notas publicadas pela imprensa.
Espero que a informação tenha sido mal interpretada por quem a deu. Não acredito que a cúpula do jornalismo do SBT fosse deselegante como foi comigo com colegas como Carlos Nascimento e Hermano Henning. Melo não faz mais parte dela porque seu estilo franco e desabusado o levou a se exceder numa discussão com um funcionário do RH e isso provocou sua demissão na segunda-feira, 3 de fevereiro.
Também não acredito que suas notórias ligações societárias com Rui Falcão possam ter interferido na decisão de demitir quem ele sempre chamou de “amigo”. Fica, de qualquer maneira, a consequência a lamentar mais institucional do que pessoal: o ano eleitoral começa com a demissão de um crítico contumaz de Dilma Rousseff, favoritíssima à reeleição, mas ainda assim temerosa de que ela não ocorra.
Como se nota o SBT é a bola da vez, por ter permitido a presença de comentaristas em seus jornais. Alguns desses comentaristas, no entanto, não agradaram o PT.
Para tirarmos as dúvidas de que tratamos de fato de uma censura soft direcionada pelo governo, temos uma terceira evidência, e novamente envolvendo o SBT.
Segundo o Pure People, a Procuradoria Geral da República aceitou a denúncia contra Rachel Sheherazade, e agora os “vídeos do SBT serão avaliados”. Veja mais:
A Procuradoria Geral da República (PGR) aceitou nesta quinta-feira (27) a representação feita pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) contra a jornalista Rachel Sheherazade, do SBT. A parlamentar solicita uma investigação, alegando que a âncora do “SBT Brasil” cometeu na bancada do telejornal o crime de apologia e incitamento à tortura e ao linchamento, caracterizado no artigo 287 do Código Penal.
De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os vídeos que mostram a opinião exposta por Rachel no “SBT Brasil” sobre o caso envolvendo um grupo que puniu um menor infrator no Rio de Janeiro serão avaliados. “Não se pode pregar contra o Estado democrático. Isso é muito sério”, opina Janot. “Se você faz um discurso de ódio para a sociedade, não há como controlar o que ocorre depois por aí”, completa.
Em nota enviada ao Purepeople, Jandira Feghali explica que seu pedido de investigação se justifica. “As pessoas não podem se sentir legitimadas por um discurso neofascista e sair por aí julgando e executando outros cidadãos. E, no geral, os executados em sua maioria são os mais pobres e negros”, diz. “Não queremos que se crie um paradigma na televisão de incitação à violência na busca da audiência e do lucro. É preciso repensar o que está sendo feito”, critica.
A intimidação por pessoas presentes em órgãos públicos, especialmente a PGR, é outro sintoma da censura soft, que fica mais evidente ainda no trecho abaixo:
A representação protocolada por Jandira Feghali também responsabiliza o SBT. A deputada sugeriu à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) que interrompa o repasse de verbas oficiais ao SBT durante a investigação da Procuradoria Geral da República.
As verbas são repassadas às emissoras de rádio e TV por causa das propagandas e campanhas do governo federal exibidas nos canais. Em 2013, por exemplo, o SBT recebeu R$ 150 milhões da União. Jandira pediu ainda, em último caso, caso não haja uma resposta firme da emissora sobre o assunto, uma análise da concessão do canal de Silvio Santos.
Jandira, do PCdoB (partido aliado do PT), é clara ao usar duas formas de coação (retirada de verbas públicas, retirada de concessão) como forma de pressão para calar Rachel.
Enfim, é claro que o governo não esconde mais que usa seu aparelho para censurar a opinião divergente, criando uma nova era onde estamos de fato lutando contra uma ditadura. Isso deveria nos tornar mais motivados, pois já somos parte da história: um período em que direitistas precisam lutar contra uma ditadura socialista.
David Horowitz e Saul Alinsky são vitais para a guerra política. Hoje em dia, no entanto, para a direita eles não são mais suficientes. Precisamos também aprender com Gene Sharp a partir de agora:
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