terça-feira, 8 de abril de 2014

Presidente Dilma promete pagar R$ 1,5 bilhão de custeio das prefeituras

Patrícia Scofield - Hoje em Dia



Roberto Stuckert Filho/PR
Presidente Dilma promete pagar R$ 1,5 bilhão de custeio das prefeituras
Dilma durante cerimônia de entrega de máquinas para municípios de Minas

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira (7), durante a solenidade de entrega de 2.010 máquinas agrícolas a 151 prefeituras de Minas pelo PAC2, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que a oposição ao governo federal está usando todos os  instrumentos possíveis para “desgastar” a imagem da gestão petista, no período de pré-campanha. A declaração foi feita um dia após a divulgação da queda da popularidade da presidente Dilma, que chegou a 38%, em meio ao pedido de CPI da Petrobras, que poderá ser aberta na próxima quarta-feira (9), no Senado.
“Hoje, estamos em um ato de governo. A campanha eleitoral só vai começar depois de junho e aí eu quero dizer uma coisa. É muito usual durante período de pré-campanha e de campanha que haja utilização de todos os instrumentos possíveis para desgastar a imagem desse ou daquele governo”, disse. 
Segundo Dilma, ela teria experiência no assunto, por ter enfrentando isso na reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e em 2010, quando foi eleita. A petista afirmou que “continuará mantendo seu caráter republicano de governo”. “E nós não iremos recuar um milímetro da disputa política quando ela aparecer”, acrescentou.
Dilma Rousseff e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, comemoraram a entrega de 95 caminhões caçamba e de 55 pás carregadeiras, que, de acordo como o MDA, contemplam “integralmente” os 134 municípios do Norte de Minas de até 50 mil habitantes, que decretaram situação de emergência por falta de chuva, na antiga área mineira da Sudene. “A partir de hoje, todas as cidades da Sudene em Minas terão recebido as cinco máquinas do PAC 2, no total de R$ 506 milhões, permitindo que os prefeitos tenham melhores condições de atender as demandas do povo, melhorar as estradas vicinais e ajudar a escoar a produção agropecuária”, comentou o ministro Miguel Rossetto.
O prefeito de Joaíma, cidade a 700 km de Belo Horizonte, Donizete Lemos (PT), usou o palanque da cerimônia para pedir que os demais prefeitos contemplados apoiem a presidente Dilma nas próximas eleições. “Quero pedir aos prefeitos que não tenham medo de apoiar a presidente Dilma, minha cidade ia todo mundo pros EUA, hoje não tem gente indo mais, não tenha medo de encarar essa campanha agora, vamos manter esse governo que alavanca esse país, tem muita mentirada que ouvimos aí, a Dilma governa para todos, não escolhe partidos para entregar esses benefícios, prefeito não tem que ter temor, vamos encarar, para continuar essas políticas, tem que continuar a Dilma”. Estavam presentes os ex-ministros Antonio Andrade (PMDB) e Fernando  Pimentel (PT), pré-candidato do partido na disputa pelo governo de Minas.
Mais promessas
“Nós, como governo, temos obrigação de prestar serviço de qualidade. Não olhamos partido, time de futebol ou pacto religioso de ninguém”, discursou a presidente Dilma, ao anunciar duas “boas notícias”, como ela disse: o depósito de R$ 1,5 bilhão para as prefeituras e, até o final de abril, a garantia de 1.382 médicos para os 548 municípios que pediram os profissionais, no Programa Mais Médicos.
“Nesse mês de abril nós estamos pagando a segunda parte dos 3 bilhões que destinamos para custeio das prefeituras, pagamos 1,5 bilhão no ano passado e agora eu determinei que a Fazenda depositasse os outros 1,5 bilhão hoje e estará nas contas da prefeituras até amanhã. Tenho certeza que isso vai ser uma contribuição para que possam custear serviços para  entregar a população”, afirmou Dilma.
“Até o final de abril, portanto, 8 meses depois que lançamos o programa, vamos atender 100% do Mais Médicos. Até o final deste mês estarão aqui em Minas. Isso não é uma sopa de números, tem uma sopa melhor, vamos chegar a cobrir 4,837 milhões de mineiros com  assistência médica. Nós estaremos cumprindo o nosso compromisso, qual é? É de tornar o SUS cada vez mais efetivo”, disse a presidente.
De acordo com a petista, o governo tem a “obrigação” de prestar serviço de qualidade, prática que, para ela, “não era usual no Brasil”. 
 
Atualizada às 20h20

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