26/03/2014 07:32 - Atualizado em 26/03/2014 07:32
Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia
Fontes da polícia consideram a apuração do crime complexa e a recuperação das armas, difícil
As armas roubadas da Central Integrada de Escoltas, galpão localizado
junto ao Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na
Grande BH, “valem ouro no morro”. A afirmação é de uma fonte da Polícia
Militar (PM) que pediu anonimato. Entre a noite do último domingo (23) e
a madrugada de segunda-feira (24), criminosos invadiram a área onde são
guardadas as armas dos agentes penitenciários e furtaram 39 pistolas
.40 e seis submetralhadoras de mesmo calibre, além de farta munição.
No mercado paralelo, segundo a fonte policial, cada pistola semiautomática pode valer R$ 5 mil. A submetralhadora chega a custar o dobro. “É tão raro ver essa submetralhadora, que quem a tem pode pedir o que quiser que vai ter. Vende como água. As que foram roubadas ainda não estão sendo vendidas. Quem furtou sabe que não pode chamar a atenção. O cerco está pesado”, afirma.
A atração por esse tipo de armas e a facilidade para se vender de forma ilícita é explicada por ser o calibre .40 bem potente. “Ela faz um grande estrago”, observa o militar. No entanto, seu uso é restrito às forças armadas, sendo adquirida diretamente com a fábrica a preços que vão de R$ 3 mil a R$ 5 mil.
No geral, armas de calibre .40 são o “sonho de consumo” de bandidos. Pelo valor de venda, apenas compra quem tem dinheiro para desembolsar, como assaltante de banco e traficante.
“Um ‘aviãozinho’ do tráfico pode ser preso a qualquer momento, por isso usa arma de calibre menor. Só o chefe tem uma .40 ou 9mm, cuja velocidade é maior”, diz a fonte.
Segundo o delegado Marco Antônio Abreu Chedid, consultor de segurança e instrutor de tiro, o uso de armas .40 foi adotado em Minas Gerais há cerca de seis anos. “É um calibre de boa defesa”.
Um único tiro tem o poder (impacto) de parar o alvo, mas, geralmente, a bala não chega a atravessar o corpo. Em geral, a pistola comporta carregadores de 15 a 20 tiros; a submetralhadora até 30. A diferença é que a segunda tem capacidade para rajadas de tiros intermitentes.
Uma outra fonte policial relembra que, no ano passado, uma submetralhadora .40 foi roubada de dentro de uma viatura da PM, no Centro de BH. A arma foi localizada dias depois, na Pedreira Prado Lopes.
Caso sem solução?
Uma fonte ligada à Polícia Civil afirma que a apuração sobre o furto no paiol do Estado ainda é nebulosa. Os investigadores aguardam os resultados dos exames de sangue e urina dos agentes penitenciários e da perícia nos alimentos encontrados no alojamento para definir a linha de investigação. “A polícia sabe que é um caso complexo e de difícil solução, sobretudo a recuperação das armas”, disse.
A Seds também apura se os agentes avisaram aos superiores que sentiram-se mal durante um serviço de transporte de presos. Conforme o BO ao qual o Hoje em Dia teve acesso, os servidores chegaram a sair para “cumprir uma missão” após o jantar, mas ficaram indispostos e retornaram à Central. Um dos servidores deitou em um colchão.
No mercado paralelo, segundo a fonte policial, cada pistola semiautomática pode valer R$ 5 mil. A submetralhadora chega a custar o dobro. “É tão raro ver essa submetralhadora, que quem a tem pode pedir o que quiser que vai ter. Vende como água. As que foram roubadas ainda não estão sendo vendidas. Quem furtou sabe que não pode chamar a atenção. O cerco está pesado”, afirma.
A atração por esse tipo de armas e a facilidade para se vender de forma ilícita é explicada por ser o calibre .40 bem potente. “Ela faz um grande estrago”, observa o militar. No entanto, seu uso é restrito às forças armadas, sendo adquirida diretamente com a fábrica a preços que vão de R$ 3 mil a R$ 5 mil.
No geral, armas de calibre .40 são o “sonho de consumo” de bandidos. Pelo valor de venda, apenas compra quem tem dinheiro para desembolsar, como assaltante de banco e traficante.
“Um ‘aviãozinho’ do tráfico pode ser preso a qualquer momento, por isso usa arma de calibre menor. Só o chefe tem uma .40 ou 9mm, cuja velocidade é maior”, diz a fonte.
Segundo o delegado Marco Antônio Abreu Chedid, consultor de segurança e instrutor de tiro, o uso de armas .40 foi adotado em Minas Gerais há cerca de seis anos. “É um calibre de boa defesa”.
Um único tiro tem o poder (impacto) de parar o alvo, mas, geralmente, a bala não chega a atravessar o corpo. Em geral, a pistola comporta carregadores de 15 a 20 tiros; a submetralhadora até 30. A diferença é que a segunda tem capacidade para rajadas de tiros intermitentes.
Uma outra fonte policial relembra que, no ano passado, uma submetralhadora .40 foi roubada de dentro de uma viatura da PM, no Centro de BH. A arma foi localizada dias depois, na Pedreira Prado Lopes.
Caso sem solução?
Uma fonte ligada à Polícia Civil afirma que a apuração sobre o furto no paiol do Estado ainda é nebulosa. Os investigadores aguardam os resultados dos exames de sangue e urina dos agentes penitenciários e da perícia nos alimentos encontrados no alojamento para definir a linha de investigação. “A polícia sabe que é um caso complexo e de difícil solução, sobretudo a recuperação das armas”, disse.
A Seds também apura se os agentes avisaram aos superiores que sentiram-se mal durante um serviço de transporte de presos. Conforme o BO ao qual o Hoje em Dia teve acesso, os servidores chegaram a sair para “cumprir uma missão” após o jantar, mas ficaram indispostos e retornaram à Central. Um dos servidores deitou em um colchão.
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