Foram expedidos mais 18 mandados de busca e apreensão do caso.
Policiais presos devem ser ouvidos na tarde desta terça, na DH.
Veículo da polícia transportará armas apreendidas
para perícia (Foto: Thamine Leta/G1)
para perícia (Foto: Thamine Leta/G1)
Os três policiais militares suspeitos de matar a juíza Patrícia Acioli,
em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, vão prestar
novos esclarecimentos aos investigadores da Divisão de Homicídios (DH)
na tarde desta terça- feira (13). Eles passaram a madrugada na delegacia
e na segunda (12) tiveram uma conversa preliminar com os agentes. Ainda
de acordo com a polícia, cerca de 90 agentes estão nas ruas para
cumprir 18 mandados de busca e apreensão. Eles percorrem endereços de
pessoas relacionadas aos três policiais e buscam mais provas do caso
para incluir no inquérito.
Quase 700 armas apreendidas
Segundo investigadores, na segunda (12), os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. Eles estiveram na casa dos poliais acusados de matar a juíza e na residência de familiares. Ainda na segunda-feira, quase 700 armas, calibre 38 e 40, foram recolhidas do 7º BPM (São Gonçalo). As armas foram levadas para a DH, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e devem ser encaminhadas ainda nesta terça para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), onde serão periciadas.
Segundo investigadores, na segunda (12), os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. Eles estiveram na casa dos poliais acusados de matar a juíza e na residência de familiares. Ainda na segunda-feira, quase 700 armas, calibre 38 e 40, foram recolhidas do 7º BPM (São Gonçalo). As armas foram levadas para a DH, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e devem ser encaminhadas ainda nesta terça para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), onde serão periciadas.
No domingo (11), a Justiça decretou a prisão temporária
dos três pelo assassinato de Patrícia. Os PMs, identificados como
tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e
Jefferson de Araujo Miranda já estavam presos na Unidade Especial
Prisional, em Benfica, sob suspeita da morte de um jovem de 18 anos, em
junho.
O caso era acompanhado pela juíza Patrícia Acioli, que horas antes de
morrer pediu a prisão dos três suspeitos. Segundo as investigações, para
não serem presos, eles decidiram matá-la, no entanto, eles não sabiam
que as prisões já tinham sido decretadas. Segundo a polícia, os três PMs
estavam vigiando os passos da juíza por pelo menos um mês antes do
crime.
A juíza Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros, no dia 12 de agosto,
quando chegava em sua casa, em Piratininga, na Região Oceânica de
Niterói. De acordo com a polícia, a magistrada sofreu uma emboscada e
foi atingida por 21 tiros. A polícia mantém em sigilo as investigações
do crime.
PMs achavam que não seriam presos, diz Beltrame
Em coletiva na tarde de segunda, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que os três PMs achavam que não seriam presos se matassem a magistrada: "O ideal seria que não tivesse acontecido, mas em acontecendo, nós temos a obrigação de apurar", afirmou o secretário.
PMs achavam que não seriam presos, diz Beltrame
Em coletiva na tarde de segunda, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que os três PMs achavam que não seriam presos se matassem a magistrada: "O ideal seria que não tivesse acontecido, mas em acontecendo, nós temos a obrigação de apurar", afirmou o secretário.
De acordo com o delegado titular da Divisão de Homicídios, Felipe
Ettore, o inquérito só será concluído em 30 dias, depois que a polícia
descobrir de qual arma partiu o tiro que matou a juíza. "Temos a
filmagem do dia do assassinato em que Patricia está sendo seguida por
uma moto com duas pessoas", afirmou.
Crime contra juíza foi premeditado
Os PMs do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão de São Gonçalo são acusados também de participar do assassinato de um jovem de 18 anos no dia 3 de junho, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Na época da morte do jovem, os policiais afirmaram que agiram em legítima defesa, o que não foi comprovado pelas investigações.
Segundo Ettore, os três PMs foram ao Morro do Salgueiro ameaçar a família do jovem morto, mas não a encontraram. No dia 11 de julho, eles foram até a residência da juíza Patricia Acioli verificar o local, já pensando num possível assassinato, ainda de acordo com o delegado.
No dia do crime, eles receberam a informação da advogada deles de que a prisão seria decretada. Antes de Patricia deixar o Fórum de São Gonçalo, ela decidiu decretar a prisão do trio. Mas, segundo a polícia, os suspeitos não sabiam que a prisão já havia sido decretada. "A forma de impedir isso seria matando ela. Eles foram até o Fórum e seguiram Patricia até a porta da casa dela", disse Ettore.
Os PMs do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão de São Gonçalo são acusados também de participar do assassinato de um jovem de 18 anos no dia 3 de junho, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Na época da morte do jovem, os policiais afirmaram que agiram em legítima defesa, o que não foi comprovado pelas investigações.
Segundo Ettore, os três PMs foram ao Morro do Salgueiro ameaçar a família do jovem morto, mas não a encontraram. No dia 11 de julho, eles foram até a residência da juíza Patricia Acioli verificar o local, já pensando num possível assassinato, ainda de acordo com o delegado.
No dia do crime, eles receberam a informação da advogada deles de que a prisão seria decretada. Antes de Patricia deixar o Fórum de São Gonçalo, ela decidiu decretar a prisão do trio. Mas, segundo a polícia, os suspeitos não sabiam que a prisão já havia sido decretada. "A forma de impedir isso seria matando ela. Eles foram até o Fórum e seguiram Patricia até a porta da casa dela", disse Ettore.
De acordo com o presidente da Amaerj, Antônio César de Siqueira, no dia
em que foram na casa da juíza (11 de julho), os três PMs usaram um
carro do 12º BPM (Niterói) que não possui GPS.
Advogada de PMs é investigada
O presidente do TJ-RJ, Manoel Alberto Rebelo dos Santos, informou que a conduta da advogada dos PMs suspeitos está sendo investigada. "O MP vai verificar se a advogada dos criminosos colaborou no crime. A princípio, não vejo onde ela tenha errado ao comunicar aos seus clientes que a juíza pensava em decretar a prisão deles. É um crime que não tem relação com as ameaças anteriores. A expectativa dos policiais era de que se matassem a juíza, outro juiz não decretaria a prisão deles", disse Rebelo.
O presidente do TJ-RJ, Manoel Alberto Rebelo dos Santos, informou que a conduta da advogada dos PMs suspeitos está sendo investigada. "O MP vai verificar se a advogada dos criminosos colaborou no crime. A princípio, não vejo onde ela tenha errado ao comunicar aos seus clientes que a juíza pensava em decretar a prisão deles. É um crime que não tem relação com as ameaças anteriores. A expectativa dos policiais era de que se matassem a juíza, outro juiz não decretaria a prisão deles", disse Rebelo.
Para Rebelo, se Patricia ainda tivesse escolta possivelmente não
impediria o crime. "A escolta previne, mas não evita. Se ela tivesse
escolta ou não, esses elementos decidiram que iriam matá-la", afirmou o
presidente do TJ-RJ.
Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/09/policia-percorre-enderecos-ligados-suspeitos-presos-por-morte-de-juiza.html
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