sábado, 29 de outubro de 2011

Servidores - Com dois meses de atraso, pagamento de prêmio pode sair


Gratificação por produtividade deveria ter sido paga em setembro
Publicado no Jornal OTEMPO em 29/10/2011
DANIEL LEITE - O Tempo

FOTO: LIA PRISCILA / ALMG
Anúncio Em reunião com sindicalistas e deputados, Danilo de Castro teria feito promessa de data
Depois de quase dois meses de atraso em relação aos pagamentos realizados desde 2003, o governo de Minas ainda não acenou oficialmente quando o funcionalismo irá receber o prêmio por produtividade. O prazo estendido, inédito desde que o PSDB assumiu o governo, vem sendo criticado pelas categorias.
Somente agora surge uma possibilidade de o governo anunciar, nos próximos dias, a data para o pagamento do benefício.
Na última quarta-feira, o Executivo teria comunicado que seria anunciada a data para o pagamento do benefício. A informação, segundo interlocutores, foi repassada durante reunião da comissão - formada por representantes do governo, pelo sindicato que representa os profissionais da educação e por deputados - para tentar um acordo sobre a política salarial dos professores que estiveram em greve até o mês passado.
Alguns deputados presentes no encontro confirmaram que o secretário de Governo, Danilo de Castro (PSDB), atestou que, em breve, seria anunciada uma solução para o impasse do pagamento. Castro teria garantido que "vai resolver tudo" na próxima semana.
O secretário não confirmou a intenção à reportagem, mas disse que não está fora de cogitação uma definição sobre a pendência. "Nós estamos fazendo o possível para pagar o quanto antes", alegou Castro.
Meta. Neste ano, deverão ser empenhados R$ 497 milhões para aproximadamente 363 mil servidores que atingiram as metas traçadas pela administração do Estado. Desde que foi criada, há oito anos, o Executivo trata a gratificação como trunfo. O valor do prêmio não é o mesmo para todos os trabalhadores.

Categorias questionam regras
A  gratificação por produtividade dos servidores públicos estaduais de Minas é avaliada por algumas categorias como maléfica à valorização, pois não define um vencimento fixo. Para o diretor de política do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas, Geraldo Henrique, a gratificação "vai contra os anseios dos servidores porque eles não podem ser medidos por números".
Já a entidade que representa o setor educacional lembra que, por não ser uma obrigação, o prêmio tornou-se uma incógnita. "Como não é um direito por lei, o governo pode não pagar quando quiser", disse a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado, Beatriz Cerqueira. "O prêmio vai na contramão. Queremos valorização da carreira no salário", afirmou. (DL)

Nenhum comentário: