Kalil: "preferia terminar em penúltimo lugar a ser goleado"

MEXENDO ONDE DÓI

Kalil cancela bicho pela permanência na Série A e afirma: "preferia terminar em penúltimo lugar a ser goleado"

04/12/2011 19h33

DA REDAÇÃO

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Furioso, Kalil não perdoa jogadores e retira bicho pela permanência na primeira divisão

Após sofrer uma goleada vexatória para o seu maior rival por 6 a 1, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, revelou toda a sua insatisfação com o desempenho de seus jogadores durante o duelo frente ao Cruzeiro, neste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o cartola anunciou o cancelamento do bicho de R$ 1 milhão pela permanência na Série A.

"A torcida do Atlético não merece essa vergonha, eu cansei desta postura. Naquele jogo diante do Botafogo, eu prometi um bicho de R$ 1 milhão para os jogadores. Agora eu falo, esse bicho está sendo cancelado no ar. Para fazer uma vergonha, eles não merecem nada. Dá a impressão de que houve um acerto para entregar o jogo para o Cruzeiro", declarou.

"Está tudo cancelado, vamos tratar o futebol de outra forma, porque o que eu vi hoje foi um time apático, fiquei quieto a semana inteira. Nós tínhamos que estar mobilizados, um resultado desse mostra a vergonha que cada torcedor está sentindo. Aquela roda no meio de campo contra o Botafogo é o retrato de que o Campeonato Brasileiro para eles acabou. Mas não tinha acabado, tínhamos um jogo importantíssimo hoje frente ao nosso maior rival", completou Kalil.

O mandatário alvinegro ainda declarou que a vergonha é tamanha que não sairá nem na rua amanhã. "Eu fico fazendo papel de babaca, mas esta postura vai acabar. Eu estou envergonhado e não vou sair na rua amanhã. Preferia terminar em penúltimo lugar  a ser goleado desta forma. Mas eu vou botar onde dói, no bolso deles", disse.

Apesar disso, Kalil declarou que manterá a comissão técnica para a próxima temporada e repartiu a culpa pelo péssimo resultado entre todos os jogadores.

"Nossa comissão vai continuar, o trabalho que eles fizeram não pode ser jogado fora. Isso serve para todos que atuaram hoje".