A comparação mostra que um coronel da PM de Sergipe, por exemplo, ganha
R$ 17,2mil e o do Distrito Federal, R$ 16,3 mil, ao passo que um coronel
do Exército recebe R$13mil. Enquanto um general de Exército, último
posto da carreira militar, com 45 anos de serviço, recebe R$ 18,8 mil, o
salário médio no Banco Central é de R$ 17,4 mil, no Ministério Público é
de R$19,5 mil , no Legislativo, é de R$13,9 mil e no Judiciário é de
R$12,3 mil.
Logo que assumiu o cargo, o ministro da Defesa, Celso Amorim ouviu dos
comandantes as queixas da categoria e relatos da pressão que estão
sofrendo. Ainda no ano passado, depois de muitas discussões internamente
nas três Forças, uma proposta foi encaminhada à Defesa, pedindo um
reajuste salarial de 47%.
Os militares lembram que o último reajuste que receberam foi em 2008. O
aumento foi distribuído em suaves parcelas, sendo a última paga em julho
de 2010 - e já defasada.
Perdas. Vários estudos salariais circulam na tropa, quantificando perdas
e trazendo comparações. Só de inflação, desde o último reajuste até o
final do ano passado, os militares alegam que já perderam 18%.
Os Clubes Militares, que em muitos casos funcionam como a voz
do pessoal da ativa - que não pode se pronunciar -, têm batido nesta
tecla constantemente. De setembro para cá, o Clube Militar, que
representa o Exército, já publicou quatro informes sobre a situação
salarial da categoria. Os estudos, que podem ser lidos na página do
Clube Militar na internet, mostram as diferenças salariais por
enquadramento funcional.
Segundo o levantamento, um coronel do Exército, com mais de 30 anos de
serviço e 'com atribuições que podem se estender por extensas áreas
urbanas ou pelas fronteiras do país e 500 a mil militares sob sua
responsabilidade direta', ganha menos que um major da PM do DF (R$13,4
mil). Seus rendimentos são também inferiores aos de um perito criminal
de terceira categoria ((R$13,3 mil) e quase iguais aos do terceiro
secretário, primeiro posto da carreira diplomática (R$12,9mil).
Nos diversos gráficos apresentados nos informes, o Clube Militar
descreve cada um dos recentes aumentos concedidos às diversas
categorias, apesar da 'conjuntura econômica dita desfavorável', sem que
se ouça falar em aumento para os militares 'como se isso fosse absurdo
ou inapropriado'.
O texto ressalta ainda que 'as carreiras mais bem aquinhoadas com
aumentos de salário, nos últimos anos, são representadas por fortes
sindicatos ou associações de classe, que lutam por seus interesses
independentemente da ação dos ministérios a que pertencem, quando não
têm a prerrogativa legal de estabelecer seus próprios vencimentos'.
Conforme o relatório, muitas destas categorias, 'contam, ainda, com o
direito de greve, que pode paralisar sensíveis áreas do serviço público,
o que lhes dá grande poder de pressão'. A mensagem salienta que, no
caso dos militares, as reposições salariais são tratadas como
'concessões'.
Na semana passada, a voz dos Clubes Militares protagonizou uma polêmica
com o Planalto, ao postar um 'manifesto' recriminando a presidente Dilma
Rousseff e duas de suas ministras, por terem criticado o governo
militar e pedido a revogação da lei de anistia.
Fonte: http://estadao.br.msn.com
http://blogdolomeu.blogspot.com/2012/03/ffaa-salario-da-pm-aumenta-pressao-de.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FUaFBn+%28Blog+do+Lomeu%29
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