A solenidade de posse foi marcada por um
discurso emocionado do ex-comandante da unidade policial, o tenente-coronel
Fonseca TEÓFILO OTONI – Na manhã de anteontem (20), foi realizada a solenidade de
transmissão do comando da 19º Batalhão de Polícia Militar. O tenente-coronel
Marcos Barbosa da Fonseca, recentemente nos quadros da reserva, passou o posto
para o também tenente-coronel Ducler Costa Júnior. O comandante da 15ª Região
de Polícia Militar, coronel José Geraldo de Lima e autoridades do Poder
Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil, Poder Executivo, Exército
Brasileiro, Poder Legislativo, Polícia Rodoviária Federal e órgãos de imprensa
acompanharam a sessão. O evento teve início às 09h30. Durante a cerimônia, o
novo comandante falou sobre o que pretende fazer em Teófilo Otoni. Ele destacou
que vai ser necessário muita dedicação e responsabilidade para assumir o
comando do 19º Batalhão. “É nesse caminho, na busca da paz social, da
pacificação das relações humanas, da mediação de conflitos, da harmonização do
convívio social e na construção de uma sociedade mais fraterna e justa que
portarei minhas ações à frente do comando do 19º Batalhão. Assumir o comando
desta unidade será, antes de tudo, uma grande honra e responsabilidade. Estar á
frente desta corporação requererá muita dedicação e compromisso com os
resultados, principalmente ao substituir um profissional competente do gabarito
do tenente-coronel Fonseca, que por três anos consecutivos reduziu os índices
de violência, com o apoio dos valorosos policiais deste batalhão. Me comprometo
a realizar combate sistêmico à criminalidade, e reduzir ainda mais os índices
de crimes, resultados que alcançaremos se mantivermos total apoio de todos do
Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil, Poder Executivo, Exército
Brasileiro, Poder Legislativo, Polícia Rodoviária Federal, órgãos de imprensa,
sociedade, além das igrejas, Conseps, clubes de serviços, e outros”, completou.
Currículo Ingressou na PM em 1989. Tem formação acadêmica em Ciências Militares,
com ênfase em Defesa Social, pela Academia de Polícia Militar, em 1991. É
pós-graduado em Segurança Pública pela Fundação João Pinheiro (Belo Horizonte),
e pela Academia de Polícia Militar, em 2003. Comandou duas companhias
policiais, a Cia. de Missões Especiais (CIA-MESP) e a Companhia de Meio
Ambiente e Trânsito Rodoviários (CIAMAT), ambas em Governador Valadares, onde
trabalha antes de vir para T. Otoni, no comando da 8ª CIAMAT. Já foi
condecorado com medalhas diversas pela corporação. Participou ainda de vários
cursos e especializações. Pilota helicóptero, tendo, inclusive, trabalhado na
unidade de patrulhamento aéreo de Belo Horizonte. O oficial é tido como homem
dedicado nas missões e envolvido com as equipes sob seu comando. Ducler Costa
Júnior é casado com Vanessa Coelho Moreira Costa. É pai de duas filhas. Troca
de comando Em seu último pronunciamento, o tenente coronel Marcos Barbosa da
Fonseca relembrou os momentos que passou na instituição, e ainda se justificou
sobre as denúncias que foram apresentadas contra ele pela Comissão de Direitos
Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “Estou preocupado com
minha dignidade, com meu caráter, com minha consciência, que está tranqüila
quanto às acusações que sofri. Mas, no tempo devido, as coisas serão provadas.
Fiz dois exames, um em Belo Horizonte e outro em Massachusetts (EUA) para
provar que não sou usuário de drogas. Infelizmente, tive que recorrer a uma
situação legal para provar que não tenho nada a ver com isso”. Licença Médica
Fonseca explicou os motivos de sua ausência no dia da audiência pública,
realizada mês passado na Câmara Municipal de Teófilo Otoni. Agradeceu às
pessoas presentes no evento, a tropa militar do 19ª Batalhão, e elogiou os
militares como a melhor tropa do Estado de Minas Gerais. “Com relação à licença
médica, alguém postou no Youtube, um vídeo em que eu jogava uma partida de
futebol. Primeiro tenho que relatar o seguinte: Antes mesmo de ocorrer a
audiência pública, recebi em torno de 150 mensagens via celular de pessoas que
não se identificavam, covardes que enviavam torpedos pela internet,
prenunciando o que ia acontecer naquela audiência pública. E, sinceramente,
comecei a me chatear com aquilo. Todos nós temos temperamento, um limite de
tolerância. E eu realmente comecei a me envolver negativamente com aquilo. E a
partir daí convoquei o tenente Kênio Cássio para repassar como eu estava me
portanto naqueles dias, com questões de insônia, alteração intestinal, e outras
coisas mais. E como essas pessoas me conhecem, achou por bem que eu não
estivesse naquela reunião, que eu procurasse um psiquiatra para fazer um
diagnóstico do que estava acontecendo comigo. Será que eu tinha estrutura para
agüentar tanta coisa jogada na minha cara, e ouvir sem poder fazer a liberdade
de expressão? Eu não sou parlamentar. Não posso agredir as pessoas verbalmente
sem provas. Chegando ao psiquiatra, ele simplesmente disse tudo o acontecia
comigo e o que podia acontecer naquela audiência pública. Ele me disse:
‘Comandante, estou te vetando. Você está proibido de ir nessa audiência. O
senhor não vai agüentar ir’. E nessa conversa com o psiquiatra, eu chorei em
torno de quatro vezes, tremia igual vara verde. Ele me vetou e eu não fui. Ao
contrário do que falavam, tenho sim que praticar esportes, fazer academia e
ginástica. Para quem entende do assunto, a atividade física ajuda a melhorar a
cabeça. Mas, as pessoas não querem entender de conveniência. E perdem seu tempo
filmando o comandante do batalhão jogando bola com amigos. Essas são as coisas
que eu queria esclarecer. Aqueles policiais que foram mostrados fazendo faxina
sob minha responsabilidade e se o quartel está limpo hoje para receber a
população, fora os nossos policiais que fizeram. O batalhão tem três faxineiras
para limpar 25 banheiros e 10 mil metros quadrados de área, fora as salas, e se
complementa com policiais que são voluntários. Após a audiência pública no dia
14 de março de 2012, fiz um ofício para a delegada Drª Herta Coimbra e Dr.
Aurimar e para a Policia Federal solicitando imediata apuração dos fatos que
geravam em torno de menores adolescentes. Não só pedi, como liguei para o
delegado da Polícia Federal, informando que eu precisava dessa investigação.
Coloquei tudo a disposição. Eles vieram e as pessoas distorceram dizendo que o
caso era tão grave que a Polícia federal veio me investigar, só que foi um
pedido meu. Muitos policiais militares fizeram um grande mal para min, no
entanto, são meus amigos hoje. A gente conversa tranquilamente, inclusive já
choramos juntos, e muitos chegaram a pedir perdão a mim”, disse. Boas vindas O
tenente coronel Fonseca desejou boas vindas para o comandante Ducler Costa
Júnior. Ele declarou que está a disposição para ajudar no que for preciso.
“Queria dizer ao tenente coronel Ducler, meu colega de turma, que o Batalhão
certamente vai estar em boas mãos. Ele tem experiência de 10 anos na capital do
estado, ponto bastante positivo. Tenho certeza que ele vai fazer com que esse
batalhão continue sendo destaque na Polícia Militar. E no que precisar de mim,
pode me ligar, estou a disposição. Aproveito para dizer que não quero nenhum
cargo. Agora, vou ficar pelo menos dois anos em minha casa, só curtindo a minha
família e a minha tolice”, finalizou Fonseca
Blog da Renata.
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