2012-06-02 02:30
Em tom satírico, longa-metragem tem depoimentos de membros da organização
Estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos o documentário satírico UN Me (ONU e Eu, em tradução livre), que pretende ridicularizar o trabalho das Nações Unidas. A
intenção dos diretores Matt Groff e Ami Horowitz é mostrar ao mundo que
"incompetência e corrupção" são as melhores palavras para definir o
órgão internacional.
Com uma clara influência do trabalho do cineasta americano Michael
Moore, Groff e Horowitz apresentam a ONU, no longa-metragem, "como uma
organização fundada para enobrecer a humanidade, mas que se transformou
em um lugar que partilha o mal e alimenta o caos global".
Rodado em diferentes partes do mundo onde há missões da ONU,
e também nas sedes do organismo em Nova York e Genebra, o documentário
traz Horowitz diante da câmera fazendo várias perguntas incômodas a
embaixadores, diplomatas e funcionários do organismo.
"O filme lança um olhar bem humorado e assustador sobre a escandalosa
falta de respeito da ONU com pessoas e princípios de sua fundação",
acrescentam os promotores do documentário, para quem a ONU é
"incompetente e corrupta", além de ser "um clube de ditadores e
tiranos".
História - Quando a ONU foi fundada, há mais de 60
anos, personificava "nossa esperança de um mundo mais seguro e
pacífico", dizem os diretores. Para eles, porém, o organismo resiste em
cumprir sua missão porque, como afirmam, ela só tem razão de existir
"enquanto persistirem as violações de direitos humanos e os conflitos
internacionais", as Nações Unidas terão razão para seus ideais.
Os diretores apresentaram o filme pela primeira vez em 2009, no
Festival Internacional de Documentários de Amsterdã. Desde então, UN Me já levou o prêmio de melhor documentário no Festival de Cinema de New Hampshire.
Sátira - O documentário, com um forte tom satírico,
repassa alguns dos fracassos mais famosos do organismo, como o do
programa Petróleo por Comida no Iraque, que resultou em casos de corrupção, e a lenta reação do Conselho de Direitos Humanos da ONU perante o genocídio na região sudanesa de Darfur.
O filme apresenta vários testemunhos de membros das Forças de Paz, que
dizem que são pagos "para não fazer nada" e que passam o dia com
mulheres e em festas. Outro ponto abordado é o fracasso da Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA) para investigar se o Irã fabrica
armas nucleares.
O documentário pode ser visto a partir desta sexta-feira em algumas
salas das principais cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Los
Angeles, Chicago, Washington, Houston e Dallas, entre outras, e está
disponível em várias plataformas online, como o iTunes.
(Com agência EFE ) Veja Abril
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