O presidente Frenando Lugo foi destituído pelo congresso do país
Norberto Duarte/AFP
Policiais paraguaios usaram balas de borracha, jatos
d'água e gás lacrimogêneo contra manifestantes favoráveis ao presidente
destituído do Paraguai Fernando Lugo.
Polícia usou gás para afastar manifestantes em frente ao congresso em assunção, capital do Paraguai
Os manifestantes haviam montado barricadas em frente ao Congresso e arremessaram objetos, enfurecidos com a velocidade do julgamento político com a aprovação do impeachment contra Lugo.
Presidente do Paraguai sofre impeachment
Entenda a crise que pode derrubar presidente paraguaio
Espera-se que o Congresso convoque o atual vice-presidente, o liberal Federico Franco, para prestar juramento como novo chefe de Estado.
(Norberto Duarte/AFP)
Golpe de estado
O presidente do Paraguai, denunciou na quinta-feira (21) que enfrenta um "golpe de Estado expresso" em seu país, onde o Congresso acordou iniciar um "julgamento político" que, segundo o líder, "não tem nenhum argumento válido". O comentário foi feito à rede internacional Telesur, com sede na Venezuela.
"Nós dizemos que é até anticonstitucional, porque não se respeita o devido processo", acrescentou o governante.
Lugo apresenta ação de inconstitucionalidade contra processo político
Lugo culpou seu adversário na disputa presidencial paraguaia, o pré-candidato do Partido Colorado, Horacio Cartes, de estar por trás do processo. Segundo ele, a candidatura oposicionista não está crescendo e Cartes estaria usando a tática de eliminar seus concorrentes.
Procedimento
A Constituição paraguaia de 1992 estabelece o direito do Senado de destituir o chefe de Estado, o vice-presidente, os ministros do Poder Executivo e os juízes da Corte Suprema de Justiça pela via do julgamento político.
Em seu artigo 225, a Carta dispõe que essas autoridades "apenas poderão ser submetidas a julgamento político por mau desempenho de suas funções, crimes cometidos no exercício de seus cargos ou crimes comuns".
A acusação deve ser formulada pela Câmara dos Deputados, por maioria de dois terços de seus integrantes, que a levará ao Senado, que decidirá pela mesma margem se aprova ou rejeita a solicitação.
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