Luiz Costa
Gente disposta a pagar caro por carros luxuosos é um dos motivos para preços abusivos
Um Mercedes Benz ML 350 SUV, que no Brasil custa R$ 348 mil, nos
Estados Unidos sai por R$ 86 mil, quatro vezes menos. No caso da BMW X5
3.0, a diferença do preço no Brasil (R$ 330 mil) e na terra do Tio Sam
(R$ 84 mil) chega a 292%.
Já o preço do Kia Sorento, R$ 108 mil aqui, é 163% maior que os R$ 41 mil pagos nos Estados Unidos. Esses são só alguns exemplos de quanto os carros importados custam caro no Brasil.
O motivo principal das diferenças seriam os impostos, mas não são só eles os vilões. Os importadores estão se aproveitando da avidez de consumo dos novos ricos brasileiros e praticando margens de lucro nas alturas.
Ironia
A discrepância é tamanha que o assunto é destaque na edição eletrônica da revista americana Forbes, especializada em finanças e conhecida por compilar listas dos mais ricos do mundo. Em artigo, a revista critica o preço excessivo cobrado no Brasil por modelos da Chrysler. Especificamente, citou o Jeep Grand Cherokee e antecipou crítica ao futuro preço do Dodge Durango (R$ 190 mil), que só deve ser mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo em outubro.
“Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil esse é o preço de um básico”, ironiza o jornalista Kenneth Rapoza. “Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami”, detalha, frisando que os “brazucas” se deixam enganar.
Para Samy Dana, economista e professor da FG V, ter gente disposta a pagar preços tão altos é um dos fatores para valores abusivos. As outras justificativas são a concorrência pequena e a postura das montadoras, que mantém margens de lucro em segredo, em uma espécie de caixa preta. “Isso só corrobora a suspeita de que a margem aqui é muito maior que a lá de fora”, diz.
Já o preço do Kia Sorento, R$ 108 mil aqui, é 163% maior que os R$ 41 mil pagos nos Estados Unidos. Esses são só alguns exemplos de quanto os carros importados custam caro no Brasil.
O motivo principal das diferenças seriam os impostos, mas não são só eles os vilões. Os importadores estão se aproveitando da avidez de consumo dos novos ricos brasileiros e praticando margens de lucro nas alturas.
Ironia
A discrepância é tamanha que o assunto é destaque na edição eletrônica da revista americana Forbes, especializada em finanças e conhecida por compilar listas dos mais ricos do mundo. Em artigo, a revista critica o preço excessivo cobrado no Brasil por modelos da Chrysler. Especificamente, citou o Jeep Grand Cherokee e antecipou crítica ao futuro preço do Dodge Durango (R$ 190 mil), que só deve ser mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo em outubro.
“Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil esse é o preço de um básico”, ironiza o jornalista Kenneth Rapoza. “Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami”, detalha, frisando que os “brazucas” se deixam enganar.
Para Samy Dana, economista e professor da FG V, ter gente disposta a pagar preços tão altos é um dos fatores para valores abusivos. As outras justificativas são a concorrência pequena e a postura das montadoras, que mantém margens de lucro em segredo, em uma espécie de caixa preta. “Isso só corrobora a suspeita de que a margem aqui é muito maior que a lá de fora”, diz.
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