sábado, 18 de agosto de 2012

Componente de garrafa plástica causa estreitamento arterial

Uso da substância já foi proibido em mamadeiras em território brasileiro
Publicado no Jornal OTEMPO em 18/08/2012

FOTO: VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO
Aplicação. As garrafas pet, usadas como embalagens de água e refrigerantes, possuem bisfenol-A em sua composição
Nova York, EUA. O bisfenol-A (BPA), componente presente em embalagens de plástico e de lata, pode causar o estreitamento das artérias, segundo estudo. No Brasil e em outros países, o uso da substância foi proibido em mamadeiras, já que pesquisas o associaram ao surgimento de doenças como câncer.
O novo estudo, publicado na "PLosOne", foi conduzido por pesquisadores das universidades de Cambridge e de Exeter. Eles analisaram os níveis de BPA na urina de 591 pessoas, das quais 385 tinham estreitamento severo das artérias, e 86 apresentavam o problema em grau moderado.
Os pesquisadores encontraram uma associação entre níveis mais altos de BPA na urina e o risco aumentado de estreitamento severo das artérias. Quanto maior o estreitamento, maior o bloqueio da circulação sanguínea. Segundo cardiologistas, o quadro pode gerar sintomas como dor no peito e, em casos mais graves, deflagrar um ataque cardíaco.

Este não é o primeiro estudo a ligar o BPA a risco de doença coronariana. Uma pesquisa recente publicada no periódico "Circulation" também fez a associação. Apesar disso, os estudiosos reiteram que outros fatores, como fumo e obesidade, também têm um papel importante no desenvolvimento de eventos coronarianos.

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