terça-feira, 21 de agosto de 2012

Fifa prepara fiscais para evitar pirataria na Copa

Objetivo é evitar que empresas não patrocinadoras lucrem com a evento
Publicado no Jornal OTEMPO em 21/08/2012

ANA PAULA PEDROSA
FOTO: DANIEL PROTZNER
Regras. Representantes da Fifa expuseram o programa de proteção de marcas em Belo Horizonte
A Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) vai ter equipes nas cidades-sede da Copa do Mundo para evitar o uso indevido de suas marcas e imagens durante a Copa do Mundo de 2014. A entidade, que apresentou ontem em Belo Horizonte seu programa de proteção de marcas, busca evitar o que chama de marketing de emboscada, que é a associação comercial do evento ao nome de empresas que não são as patrocinadoras oficiais.
"Tem empresas que pagam milhões de dólares para ter seus nomes expostos durante a Copa do Mundo Fifa", disse o consultor da entidade, Vicente Rosenfeld. Entre as marcas registradas pela Fifa e que não podem ser usadas sem autorização estão as expressões "Mundial 2014", "Copa 2014", "Brasil 2014", além da imagem do troféu e do mascote da disputa.
No ciclo da última Copa, entre 2007 e 2010, a Fifa identificou 3.223 casos de uso indevido das marcas, sendo 1.950, ou 60% deles, ligados ao Mundial e o restante com relação aos outros torneios organizados pela entidade. Os problemas vão desde a exposição de marcas em produtos não licenciados, até aeronaves com mensagens publicitárias de marcas que não são patrocinadoras do torneio sobrevoando os estádios, passando por distribuição de material promocional não autorizado aos torcedores.
De acordo com o coordenador do programa de marcas da Fifa, Auke Jan Bossenbroek, a entidade procura soluções amigáveis, mas pode chegar a mover ações judiciais contra as empresas que contrariam as normas. Ele disse também que a entidade trabalhará em conjunto com os órgãos públicos para apreender material e produtos irregulares.
Restrições. Em dias de jogos o entorno dos estádios (até dois quilômetros) será tratado com Área de Restrição Comercial (ARC), com fiscalização para evitar a presença de cambista, o uso indevido de marcas e a presença de vendedores ambulantes. As placas publicitárias e outdoors deverão ser cobertos e só os patrocinadores poderão distribuir material como chapéus, apitos e tabelas de jogos aos torcedores.
Os bares e outros comércios que funcionam nesses locais poderão funcionar normalmente, segundo a Fifa, mesmo que comercializem produtos de empresas não patrocinadoras do evento. Também não haverá restrições para a circulação de moradores e em órgãos públicos ou hospitais, garante a Fifa. Elementos genéricos, como bolas de futebol e bandeiras dos países
podem ser usados em divulgações e decorações, sem problemas.

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