terça-feira, 4 de setembro de 2012

Polícia descarta relação de morte de Sérgio Sales com caso Eliza Samudio

04/09/2012 12h56 - Atualizado em 04/09/2012 12h57

Ele era primo do goleiro Bruno, e foi morto em 22 de agosto, em BH.
Segundo a Polícia Civil, o motivo do crime é passional.

Do G1 MG
 A assessoria da Polícia Civil descartou que o assassinato de Sérgio Rosa Sales esteja relacionado ao caso Eliza Samudio. Ele era réu no processo, junto com o primo, o goleiro Bruno Fernandes, e mais seis pessoas, e foi executado com seis tiros no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, na Região Norte da capital. Segundo a polícia, a morte teria motivação passional. O envolvimento de policiais na execução também está descartado, de acordo com a corporação.

Sérgio Sales era considerado testemunha-chave no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. A jovem, ex-namorada do goleiro, foi morta, segundo a polícia, em junho de 2010. O corpo dela nunca foi encontrado.
A Polícia Civil também negou que suspeitos da morte de Sales tenham sido presos. No dia 24 de agosto, sete pessoas foram detidas em uma operação da Polícia Militar contra o tráfico de drogas. Na ocasião, havia a suspeita de que os envolvidos na execução de Sales estivessem neste grupo.
A corporação, no entanto, afirmou já conhecer o autor, ou os autores, do crime. O assassinato passou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, por causa de denúncias de que ele teria recebido ameaças de policiais.
Na noite desta segunda-feira (3), um homem deixou a sede da Corregedoria, no centro de Belo Horizonte, de cabeça baia e com o rosto encoberto. Ele não respondeu a nenhuma pergunta dos jornalistas e entrou em um carro da polícia. A assessoria da corporação não esclareceu quem ele é e nem se prestou depoimento. O destino dele também não foi revelado.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.

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