18/10/2012 07:01 - Atualizado em 18/10/2012 07:01
Ricardo Bastos/Hoje em Dia
Buracos e calçadas desniveladas são comuns em Belo Horizonte
Não é preciso andar muito para se deparar com calçadas desniveladas ou
cheias de buracos em Belo Horizonte. As falhas são verdadeiras
armadilhas para os pedestres e se agravam pela falta de punição dos
responsáveis por mantê-las em ordem.
Para melhorar um pouco o quadro das calçadas que ficam no Centro de BH,
a Secretaria de Obras e Infraestrutura abriu licitação para reforma de
passeios públicos.
As propostas têm que ser enviadas até o dia 20 de novembro. Não há data
prevista para início das obras. Ninguém da secretaria foi encontrado
para detalhar o edital, nem para falar em quais pontos da cidade serão
realizadas as intervenções.
A legislação municipal prevê que os passeios devem ser revestidos de
material antiderrapante, resistente e capaz de garantir a formação de
uma superfície contínua, sem ressalto ou depressão.
Mas essa não é a realidade que a população encontra. Somente no
primeiro trimestre deste ano, foram feitas 1.472 solicitações de
vistorias por moradores e comerciantes, que reclamam de problemas nas
calçadas, segundo dados da Secretaria Municipal de Fiscalização.
Armadilhas
Enquanto os trabalhos não começam, no entorno da Praça 7, coração da
cidade, não faltam armadilhas, especialmente para idosos e deficientes
físicos e visuais.
Em plena avenida Afonso Pena, pedestres aguardavam para atravessar na
faixa, mas um buraco cheio de água e lixo, entre o meio-fio e a rua,
dificultava a travessia. Na rua São Paulo, os caminhantes são obrigados a
desviar de uma grande abertura no meio do caminho.
Maria Auxiliadora Tabelini, de 79 anos, já machucou o joelho e ficou
debilitada depois de cair quando caminhava no Centro da cidade. “Eu
estava distraída, não vi o buraco e acabei caindo. Esse problema precisa
ser corrigido rapidamente para evitar acidentes”, disse.
A situação também é recorrente para o operador de telemarketing Gérson
Almeida. Ele é deficiente visual e já perdeu a conta de quantas vezes
caiu por causa dos buracos nas calçadas. Nem o auxílio da bengala evitou
as quedas. “Todas as ações feitas para sanar o problema, na verdade,
não passaram de paliativos. A acessibilidade, para nós, continua
restrita”, afirma.
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