O ato de transferência do major PM Paulo Roberto de Medeiros foi
assinado nesta segunda-feira (01/10), pelo Comandante-geral da Polícia
Militar, Coronel Márcio Martins Sant'Ana. Ele ocupava o cargo de chefe
da Seção de Análise de Procedimentos Administrativos da Corregedoria,
posto questionado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa, após receber denúncias de que ele havia afirmado que “90%
dos policiais do Batalhão Rotam são ladrões”.
A manutenção do major na Corregedoria foi também criticada pelo
deputado Sargento Rodrigues, que cobrou do Comando da corporação
providências em relação ao assunto, uma vez que o oficial já foi preso
por praticar furto em um supermercado.
Entenda o caso:
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais realizou, no último dia 26 de setembro, audiência pública para
discutir as supostas declarações feitas pelo major PM Paulo Roberto
Medeiros, de que "90% dos policiais do Batalhão Rotam são ladrões". A
autoria do requerimento foi do deputado Sargento Rodrigues, que recebeu a
denúncia de que o major teria feito essa afirmação durante o Curso de
Procedimentos Rotam.
Na referida data, a discussão acabou sendo adiada, devido ao não
comparecimento do major Paulo Roberto de Medeiros. A comissão aprovou
requerimento do deputado Sargento Rodrigues convocando, e não mais
convidando, o oficial para prestar esclarecimentos.
Segundo a denúncia, Medeiros teria dito, durante palestra ministrada
no Curso de Procedimentos Rotam, que 90% dos policiais daquele batalhão
são ladrões. As informações dos próprios alunos foram endossadas por
meio de um relatório apresentado por um major do Estado do Pará, que
também participava do curso. Ele ainda disse ser comum militares da
Rotam fazerem a conhecida “javanesa” para justificar prisões e violações
de domicílios. Isso, na gíria policial, significa “plantar” provas. “Ao
insinuar isso, o major também chama os policiais, dentre outras coisas,
de traficantes, pois é este o nome dado a quem leva drogas de um lugar
para o outro”, afirmou Sargento Rodrigues, indignado.
Os deputados esperavam que o acusado se apresentasse para dar explicações, já que há um acordo firmado com o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e com o comando-geral da PM no sentido de garantir a presença de oficiais nas audiências realizadas pela Assembleia Legislativa, quando convidados.
Como o major Medeiros estava sendo representado na reunião pelo advogado Rodrigo de Lara Resende, os deputados preferiram encerrar a reunião e aprovar um novo requerimento convocando o oficial, e não apenas convidando-o, para comparecer à próxima audiência pública. Os deputados consideraram a ausência do major um desrespeito à comissão.
Os deputados esperavam que o acusado se apresentasse para dar explicações, já que há um acordo firmado com o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e com o comando-geral da PM no sentido de garantir a presença de oficiais nas audiências realizadas pela Assembleia Legislativa, quando convidados.
Como o major Medeiros estava sendo representado na reunião pelo advogado Rodrigo de Lara Resende, os deputados preferiram encerrar a reunião e aprovar um novo requerimento convocando o oficial, e não apenas convidando-o, para comparecer à próxima audiência pública. Os deputados consideraram a ausência do major um desrespeito à comissão.
Sargento Rodrigues defendeu a seriedade da Rotam, “batalhão no qual
tive o orgulho de servir por cinco anos”. Ele ponderou que em todas as
instituições, sejam elas religiosas, políticas, empresariais, médicas ou
outras, há desvios de conduta. Porém, considerou inaceitável a suposta
afirmação do major, que praticamente generaliza a corrupção e a
bandidagem na Rotam. Rodrigues acrescentou que o major Medeiros já foi
preso por praticar furto em um supermercado e que, por isso, sua
presença em um órgão de corregedoria é uma “atitude irresponsável” do
comando da PMMG.
Além do major Medeiros, o requerimento pede a convocação dos
auxiliares do Curso de Procedimentos Rotam, o 2º sargento Rafael e o 1º
sargento Ferreira, além do 3º sargento Souza e do soldado Sodré. Serão
convidados também o secretário de Defesa Social, o ouvidor de Polícia de
Minas Gerais, o atual comandante da Rotam, tenente-coronel Sacramento,
os ex-comandantes do batalhão, Coronéis Teatine, Lisboa, Josué, Rômulo
Berbert e Romero, e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, da
Associação dos Praças e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra) e do
Centro Social dos Cabos e Soldados da PM e Bombeiros Militares de Minas
Gerais.
O deputado Sargento Rodrigues ressaltou a importância da participação
dos integrantes do Batalhão Rotam na audiência. “Hoje tivemos poucos
militares presentes. É necessário que os companheiros compareçam, lotem o
auditório, para ouvirem as explicações do Major Medeiros. As
declarações feitas por ele ofendem a dignidade e a honra de todos os
policiais que realizam um trabalho sério e dedicado em defesa da
sociedade”, destacou Rodrigues, pedindo apoio das entidades de classe
para mobilizar a tropa.
Fonte: http://www.sargentorodrigues.com.br/noticias/apos-denuncia-da-comissao-de-direitos-humanos-major-e-transferido-da-corregedoria-da-pm.html
Fonte: http://www.sargentorodrigues.com.br/noticias/apos-denuncia-da-comissao-de-direitos-humanos-major-e-transferido-da-corregedoria-da-pm.html
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