Pela primeira vez, foi liberado o uso de redes sociais para que
candidatos a vereadores e prefeitos fizessem campanhas virtuais. A
legislação eleitoral permite a propaganda em blogs, redes sociais e em
sites de mensagens instantâneas depois de 5 de julho do ano de cada
eleição. As propagandas pagas continuam vedadas.
Nos municípios onde houver segundo turno, a propaganda eleitoral volta a
partir do dia 13 de outubro e vai até o dia 26. O segundo turno será no
dia 28 de outubro.
Segundo os especialistas, a veiculação de campanha na internet é uma
tendência que veio para ficar, principalmente nas cidades grandes. Um
dos motivos é que 95% dos 83,4 milhões de brasileiros que acessam a
internet utilizam redes como Facebook, Orkut e Twitter para trocar
experiências.
Outra razão para as redes sociais serem uma ferramenta eficiente de
campanha é que a indicação de amigos e de familiares a respeito de um
conteúdo tem mais credibilidade que uma campanha publicitária — e,
portanto, mais chances de leitura.
O especialista em comportamento digital Marcelo
Minutti afirma que mesmo as pessoas que não têm acesso às redes sociais
acabam influenciadas pelas campanhas, por intermédio de outras pessoas.
“Não tem como ignorar o internauta. Uma campanha bem construída, bem
desenhada, não pode deixar de lado uma forte estratégia digital."
Excesso de exposição
Por outro lado, tem muita gente irritada com a propaganda
eleitoral nas redes, espaços considerados de descontração. Para Minutti,
a chateação ocorre porque o trabalho não está sendo bem feito. “Há
muitas estratégias realmente
invasivas. Isso causa um problema seriíssimo, porque em vez de ajudar,
acaba prejudicando a imagem do candidato. Você recebe uma mensagem,
recebe a segunda, a terceira... Na quinta, já não quer mais ver aquele
candidato pintado de ouro na sua frente.”
Na opinião do especialista, o jeito certo de usar as redes para melhorar
o conhecimento dos eleitores em relação aos candidatos é direcionar as
mensagens a pessoas que possam influenciar outras dentro e fora da
internet.
Além disso, ele afirma que as ações da campanha devem ser
adequadas ao ambiente onde o eleitor se encontra. Nas grandes cidades,
surte efeito atingir diretamente o eleitor utilizando um blog, o Twitter
ou o Facebook, em postagens que mostrem as propostas e a vida do
candidato. Nas cidades menores, são os líderes locais que repassam a
informação para o eleitor, por meio de mensagem de celular, por exemplo.
No entanto, na opinião do profissional de marketing digital Reinaldo
Cirilo, nas cidades pequenas, a campanha tradicional — muitas vezes no
corpo a corpo — ainda é a melhor forma de chegar ao eleitor. "Em cidade
pequena, as pessoas geralmente não acessam a internet".
Fonte: http://folhaassisense.blogspot.com.br/
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