AGLOMERADO DA SERRA
Quatro militares do GEPAR vão ser investigados pela Corregedoria após denúncias de moradores
28/11/2012 13h10
MÁBILA SOARES/LUCAS SIMÕES
A Polícia Militar, com a ajuda da Polícia Civil, já identificou pelo
menos quarenta e quatro moradores do Aglomerado da Serra, na região Sul
da capital, suspeitos de atear fogo em ônibus, caminhões e van durante
uma onda de protestos na comunidade, na última segunda-feira (26). A
corporação já solicitou à Justiça a expedição de alguns mandados de
prisão e os envolvidos podem ser presos a qualquer momento. A informação
foi divulgada na manhã desta quarta-feira (28) durante uma reunião
entre o Comando da Polícia Militar do 22º batalhão e lideranças do
bairro. Na ocasião foram debatidos ainda os problemas ocasionados pelo
conflito, entre moradores e policiais, após a morte do servente de
pedreiro Helenílson Eustáquio da Silva Souza, de 24 anos, baleado na
noite de segunda por um militar.
O encontro aconteceu na 127ª Companhia da Polícia Militar, na rua
Trifana, e contou com a participação de cerda de 10 líderes
comunitários. Apesar da promessa de implantação de novas ações para o
combate de possíveis conflitos, na prática, nenhum novidade foi
anunciada. A corporação apenas ouviu as queixas dos moradores e reforçou
a informação, já divulgada anteriormente, a respeito da investigação do
caso, que está a cargo da Corregedoria. Um dos líderes comunitários
reconheceu o trabalho da PM, mas questionou a forma como ele foi feito
no aglomerado no dia da morte do servente de pedreiro. Segundo ele, a
polícia removeu o corpo de Helenílson sendo que ele já estava morto. O
correto, de acordo com o morador, seria aguardar a chegada da perícia e
rabecão.
Em conversa com a comunidade, o comando da PM disse ainda que o
sargento envolvido na morte de Helenílson, identificado apenas como
Vitor, pode responder ao processo em liberdade se assim for o
entendimento da Justiça Militar. A corporação informou ainda que quatro
militares do Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR) vão ser
investigados pela Corregedoria após denúncias de moradores. A suspeita é
que os policiais tenham sido truculentos em suas abordagens e ameaçado
membros da comunidade. O nome e as patentes desses militares, no
entanto, não foram divulgados.
Inquérito
A Polícia Milita já instaurou inquérito para apurar as circunstâncias que levaram à morte de Helenílson. O sargento de 38 anos, detido em flagrante, tem nove anos de profissão, sendo sete só de Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR). A morte ocorreu depois que integrantes da corporação invadiram o aglomerado à procura de dois homens que teriam sido responsáveis por uma "saidinha de banco" no bairro Funcionários, na região da Savassi. Um soldado e um cabo da polícia também participaram da perseguição à vítima, mas já foram liberados.
Segundo o comunicado publicado no site da corporação, "no princípio constitucional da transparência e da imparcialidade, a PMMG vai apurar o fato e a responsabilidade de cada policial militar. Para isso, já está analisando as imagens gravadas pela imprensa, ouvindo testemunhas do caso e os policiais militares envolvidos na ocorrência. O objetivo é dar uma resposta rápida à população e, principalmente, aos familiares da vítima e moradores do aglomerado".
Logo após a morte do morador, a Corregedoria enviou representantes ao aglomerado para acompanhar os desdobramentos do impasse e a confecção da ocorrência. Também esteve presente um oficial representando o Comando Geral da Polícia Militar, que passou para a imprensa as primeiras providências já adotadas. Foi lavrado o auto de prisão em flagrante do militar que efetuou o disparo e os demais militares envolvidos na ocorrência serão investigados por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).
A Polícia Militar informou ainda que, "em atendimento a recente solicitação de moradores do aglomerado, intensificou o policiamento ostensivo na região para aumentar a segurança e coibir o tráfico e uso de drogas".
A Polícia Milita já instaurou inquérito para apurar as circunstâncias que levaram à morte de Helenílson. O sargento de 38 anos, detido em flagrante, tem nove anos de profissão, sendo sete só de Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR). A morte ocorreu depois que integrantes da corporação invadiram o aglomerado à procura de dois homens que teriam sido responsáveis por uma "saidinha de banco" no bairro Funcionários, na região da Savassi. Um soldado e um cabo da polícia também participaram da perseguição à vítima, mas já foram liberados.
Segundo o comunicado publicado no site da corporação, "no princípio constitucional da transparência e da imparcialidade, a PMMG vai apurar o fato e a responsabilidade de cada policial militar. Para isso, já está analisando as imagens gravadas pela imprensa, ouvindo testemunhas do caso e os policiais militares envolvidos na ocorrência. O objetivo é dar uma resposta rápida à população e, principalmente, aos familiares da vítima e moradores do aglomerado".
Logo após a morte do morador, a Corregedoria enviou representantes ao aglomerado para acompanhar os desdobramentos do impasse e a confecção da ocorrência. Também esteve presente um oficial representando o Comando Geral da Polícia Militar, que passou para a imprensa as primeiras providências já adotadas. Foi lavrado o auto de prisão em flagrante do militar que efetuou o disparo e os demais militares envolvidos na ocorrência serão investigados por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).
A Polícia Militar informou ainda que, "em atendimento a recente solicitação de moradores do aglomerado, intensificou o policiamento ostensivo na região para aumentar a segurança e coibir o tráfico e uso de drogas".
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